Preocupatur

Pensar em turismo é bom. Melhor ainda é executar. Livramento ainda não fez o dever de casa nessa área. Oferece boa acolhida àqueles que chegam e provoca sentimento positivo naqueles que daqui partem ou por aqui passam. Principalmente agora, que a administração é nova e manifesta, por seus representantes, uma vontade consciente de fazer com que o poder público seja protagonista da mudança, conforme a necessidade de Sant’Ana e Rivera – já que não se pode pensar em uma dissociada da outra, especialmente quando o tema sugere pessoas. E, dentro desse raciocínio, não é possível admitir o que fizeram com as paredes frontais do paço, espalhando tinta de forma ininteligível, em símbolos intraduzíveis, que simplesmente retratam o desinteresse de alguns poucos elementos para com a cidade, um tipo de revolta falsa recalcada na ignorância sobre o que é do coletivo. A seu tempo, uma débil imbecilidade pautada, talvez, pela mecânica e jamais pela arte que brinda o vivo, o belo, o agradável.
Falar em turismo antes de solucionar essas mazelas cotidianas é, na verdade, dizer incongruências. Turismo, na prática, requer três elementos centrais: dinheiro, gente e criatividade. E, vale ressaltar, alguns outros não menos importantes.
É bem verdade que é pública a obrigação de realizar a manutenção e a melhoria constante da qualidade visual da cidade, para uso tanto pelos próprios moradores, quanto por aqueles que chegam ao município. A obrigação é pública, mas a responsabilidade é coletiva. É importante o envolvimento da comunidade como um todo nesse processo.
É importante que as crianças de hoje sejam educadas para desenvolver um modo de vida envolvido com a cidade onde vivem. Por isso, as iniciativas de realizar plantios de flores ornamentais nos canteiros centrais, que promovem a recuperação e embelezamento das importantes vias de acesso à cidade, independente de autoria, são a demonstração clara de que é essencial criar as condições adequadas para a melhoria da qualidade de vida em Sant’Ana do Livramento. Uma cidade bonita, bem cuidada, não representa apenas uma questão de beleza, mas também contribui objetivamente para a elevação da autoestima da população. E isso faz girar o círculo da vida: o cidadão que vê – e gosta – sua cidade mais bonita, certamente terá uma preocupação maior em cuidar dela.

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