Tarso e os docentes

A manifestação do Cpers Sindicato, ontem à tarde, isolada atrás de um cordão de brigadianos, foi vista pelo governador Tarso Genro. Um pequeno, mas valoroso grupo de professores foi para a frente do Instituto Estadual de Educação Prof. Liberato Salzano Vieira da Cunha, com a finalidade principal de chamar a atenção do mandatário estadual para a questão salarial. Tarso, em meio ao momento de solenidade e emotividade que se estabeleceu, fazia a entrega dos tablets aos professores e a reafirmava a promessa de que nos próximos meses será a vez dos pequenos receberem equipamentos de ponta, fabricados com tecnologia e derivados de muitas pesquisas científicas.
Não se sabe ao certo se a mobilização ou mesmo o acúmulo de críticas, ou ainda, a condição de estar falando para professores e alunos, dentro de uma célebre instituição de ensino, como é o antigo Colégio Estadual – como até hoje é chamado o IEE Liberato; mas o governador fez questão de dirigir o discurso nesse sentido, durante sua fala.
Deixou claro seu entendimento de que a reposição salarial para a categoria do magistério será realizada no decorrer dos 4 anos, uma vez que já foi aprovado aumento real superior a 50%. O governador confirma que serão realizados ajustes e adaptações ao longo de 2014, sem mexer no plano de carreira – que foi um dos principais compromissos, segundo ele, assumido diretamente com os professores. Tarso falou nos três elementos da Educação que combinou com seu secretário de Educação, José Clóvis de Azevedo logo no início da sua gestão: a recuperação salarial provendo aumento real nos quatro anos de governo; complemento salarial e recuperação física das escolas, mediante investimentos.
O governo gaúcho já deu garantia, conforme o governador fez questão de discursar, de que vai pagar a diferença salarial aos professores para assegurar o pagamento mínimo de R$ 1.567, correspondente ao valor já reajustado do piso nacional da categoria, para 40 horas em 2013. O complemento é retroativo a janeiro.
O secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, informou que, conforme os dados da Secretaria da Fazenda, 34.920 professores receberão o completivo na folha de janeiro. Conforme o governador Tarso Genro, nenhum professor da rede estadual de ensino vai receber menos que o valor do piso salarial nacional.
O Cpers Sindicato mantém a campanha para que o valor do piso seja pago no vencimento básico, sobre o qual também incidem as vantagens de carreira.
Bem, esse é o contexto. Agora, é esperar para ver em que será efetivada a negociação em âmbito de territorio gaúcho.

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