Meta dada…

Para atingir a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de uma semana sem mortes de pedestres, o Detran/RS conclamou seus credenciados a participar da II Semana Mundial de Segurança no Trânsito. De 6 a 12 de maio, os Centros de Formação de Condutores foram orientados a enfatizar a segurança dos pedestres nas aulas teóricas e práticas. Os CFCs receberam orientações pedagógicas e material de apoio para ser usado em sala de aula, e também nas ações a serem promovidas. Para os demais credenciados – Centros de Remoção e Depósitos, Centros de Registro de Veículos Automotores, e Fábricas de Placas e Tarjetas – foram disponibilizados os cartazes produzidos pela OMS e traduzidos pelo Detran gaúcho para serem afixados em local visível ao público. Embora não ligados diretamente à educação para o trânsito, esses credenciados têm, também, como missão, promover a segurança nas vias. A grave situação de mortandade no trânsito somente pode ser resolvida com a educação. É uma verdade, porém, é preciso analisar sob alguns ângulos diferentes essa máxima. Educa-se aquele que mediante permissão própria de consciência aceita como elementos verdadeiros os conceitos sobre procedimentos específicos e cumprimento de regramentos estabelecidos para circular. Seja conduzindo um veículo, seja transitando a pé. Não há como fugir dessa lógica e, aliás, é preciso assimilar que o conceito de forma lógica assenta na ideia de que a validade de um argumento é determinada pela sua forma lógica, não pelo seu conteúdo.
Da mesma forma, é fundamental compreender de pleno o conteúdo desse pensamento, segundo o qual, determinadas ações no trânsito, diretamente relacionadas ao grau de risco, devem resultar em situações negativas.
A partir dessa concepção, o uso de equipamentos de segurança, como o cinto, tem a propensão de oferecer resultados menos nocivos do que o não uso, em caso de acidente. Os altos níveis de tensão que a vida moderna incute no pensamento do cidadão também oferecem sua parcela de contribuição aos altos índices de mortes nas vias, sobretudo em períodos de festas e feriados.
É como se todos desejassem, simultaneamente, contrariar um princípio basilar da física, segundo Newton na impenetrabilidade: dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. O resultado dessas tentativas pode ser traduzido em vidas perdidas quando o tema é trânsito, diante da constatação de que é a decisão de acelerar, manobrar ou ultrapassar que permite o aumento da probabilidade de acidente. Risco de morte, portanto, acentuado. Educação no trânsito, conforme já dito, é uma tentativa, mas o grande determinante será quando, absolutamente, a compreensão das pessoas – motoristas e pedestres – alcançar um grau de profundidade suficiente para estabelecer que o procedimento adotado seja o de menor risco possível. Perceba-se que não há qualquer menção a perícia, experiência ou mesmo conhecimento de volante. É essencialmente o processo decisório, aliado à compreensão e entendimento, o construto pelo qual será possível diminuir a incidência de situações de risco. Claro que há todo o contexto do entorno: condições da via, do veículo, clima, fatores adversos, entre outros, incidentes nos acontecimentos. Mas, junto a eles, é essencial que a prudência seja o esteio consequênte.
Note-se que em Livramento, por exemplo, o espaço físico urbano de circulação está, a cada dia, mais reduzido, ao passo que aumenta o número de veículos diariamente. Sequer está no foco a transgressão das regras estabelecidas pelo CTB, como parar sobre a faixa de segurança, avançar o sinal vermelho, entre outras infrações não punidas pela não constatação ou flagrante.
Assim, quando se fala em educação para o trânsito, reconhecendo-se os esforços importantes no sentido de buscar essa conscientização, é de fundamental importância que esteja ciente cada partícipe do cotidiano de trânsito, usando a realiade a seu favor. É algo a aprender nesse período.

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