Uma pergunta apenas

Algumas coisas são passíveis de incompreensão. Outras são desprovidas da possibilidade de compreensão.
Porém, existem determinadas… que são efetiva e completamente criadas para que não permitam serem compreendidas pelas pessoas.
É o caso do SAMU o Serviço de Atendimento Médico de Urgência – designado na maioria das vezes pelo número de telefone 192. Diz o conceito: faz parte da política nacional de urgências e emergências de 2003 e ajuda a organizar o atendimento na rede pública, prestando socorro à população em casos de emergência.
Há o indicativo de que “com o SAMU 192 o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia, com equipes de profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população”.
Ao fechar aspas, surge a dúvida: ou o portal da saúde do governo federal, do Ministério da Saúde, onde está escrito isso está completamente errado, ou é somente em Sant’Ana do Livramento que não funciona assim.
Aliás, salvo poucas e notáveis exceções de pessoas que afirmam terem sido atendidas, a maioria reclama que permanece horas dando explicações para uma central, sabe-se lá onde, enquanto a pessoa que precisa de socorro agoniza.
O portal do Ministério diz também, (respondendo à pergunta “quando chamar o SAMU”?) que o serviço deve ser acionado na ocorrência de problemas cárdio-respiratórios, intoxicação exógena, queimaduras graves, ocorrência de maus tratos, em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto; em caso de tentativas de suicídio, em crises hipertensivas, quando houver acidentes, traumas com vítimas, em casos de afogamentos, de choque elétrico, acidentes com produtos perigosos, na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.
De novo. Ou por ser Livramento a Cidade Diferente, não é assim que funciona aqui, onde ninguém sabe o motivo pelo qual não há duas ambulâncias e uma motolância, pelo menos.
Natural seria culpar o governo passado. Ou o atual governo. Ou ainda, a Santa Casa.
Mas aí vem o raciocínio.
Qual o sentido de falar sobre o assunto? De debater a respeito da questão? De mostrar que do jeito como está não está funcionando?
É que a coisa funcione. Que o cidadão que precise disque 192 e segundos depois, se possível, a ambulância esteja recolhendo-o, com o devido atendimento, providenciando a internação hospitalar.
A crítica só ocorre pela vontade de ver funcionando.
Diz o portal do MS que “o SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar – qualquer lugar, de residências, locias de trabalho a vias públicas -; contando com as centrais de regulação, profissionais e veículos de salvamento”. Às ditas centrais é atribuído o papel central. Diz o portal: “a ligação é atendida por técnicos que identificam a emergência e, imediatamente (sic), transferem o telefonema para o médico regulador, que faz o diagnóstico da situaação e inicia o atendimento (sic) no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações. Esse mesmo médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde, designa uma ambulância de suporte básico de visa, com uma auxiliar de enfermagem e socorrista para o atendimento no local, ou de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI Móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade”.
Tá, mas isso vale para Livramento?

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