Segunda pesada

Ontem, foi um daqueles dias em que todo mundo comenta a mesma coisa, entre um gesto e outro de expelir o ar dos pulmões. Uffff! Dia pesado! Dia em que os fatos negativos parecem se sobrepor aos positivos de tamanha forma, ao ponto de se pensar que há uma aura pairando sobre os fronteiriços. Daqueles que não deveriam ser, efetivamente, lembrados como integrantes de uma semana.
Dia estranho! Segunda-feira, 15 de abril, metade de mês. Natural ir pesquisar sobre o 15 de abril. Mas, na prática, historicamente teve algumas datas marcantes, tanto positivas, quanto negativas. Até o século XIX, os registros são de uma batalha entre Franca e Inglaterra, Formigny – da Guerra dos 100 Anos – com derrota inglesa; entre 1901 e 1930 o navio RMS Titanic naufraga por volta das 2h20, após chocar cerca de três horas antes com um iceberg. Talvez o evento mais simbólico seja justamente o naufrágio do Titanic, em 1912, mas, de resto, não há outros elementos que possam ser responsáveis por fazer da segunda-feira, 15 de abril, um dia pesado.
É, por exemplo, a data de nascimento de um ícone, em 1452: Leonardo da Vinci, artista e engenheiro renascentista italiano. Em 1829, o projeto de criação da Scotland Yard é apresentado à Câmara inglesa.
Não que exista um número mais significativo de eventos negativos, mas, parece que os fatos se tornam imperativos. Em 1856, ocorreu uma sangrenta jornada no Panamá contra os mercenários do aventureiro norte-americano William Walker, causando 17 mortes e 28 pessoas feridas. Já em 1865, morria o célebre Abraham Lincoln, presidente norte-americano.
Talvez até seja impressionismo, em função de acontecimentos recentes, mas ontem foi um dia em que uma significativa parcela das pessoas da comunidade entenderam como funesto.
É preciso entender que pode haver posicionamentos completamente diferenciados entre aqueles elementos que apontam para algo inexplicável que, pelo menos no campo das suposições – e talvez mais propriamente no das superstições – pressagia acontecimentos agourentos.
Talvez esteja aí! Especificamente nesse entendimento, a explicação para a sensação (pelo menos) de dia pesado. Superstição é a crença – portanto parte da pessoa – sobre relações de causa e efeito que não se adequam à lógica formal, ou seja, são contrárias à racionalidade; como a crença comum, no Brasil, de que quebrar um espelho causa sete anos de azar.
Claro que seria esdrúxulo exigir cientificidade. Segundo os dicionários são entendimentos não fundamentados ou assentados de maneira irracional no ser humano, podendo estar baseadas em tradições populares, que vão involuindo ou evoluindo, mesclando-e, interagindo entre elas, contadas e recontadas pelos povos, pelas sociedades, provenientes de embasamentos fictícios ou daquilo que alguns elementos entendiam ser real, mas que, na prática, normalmente relacionadas com o pensamento mágico. O supersticioso acredita que certas ações, que ocorrem de forma voluntária, ou não, tais como rezas, curas, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar de maneira transcendental sua vida.
É como aquela história da sexta-feira, 13 – para alguns 13 de agosto.
De qualquer forma, fica a sensação de que foi uma segunda-feira diferente em algum elemento que talvez os seres humanos não conseguiram distinguir.
É preciso compreender que cada um tem sua forma de processar e lidar com sensações, sentimentos, enfim…
Para muitos, pode ter a certeza, a segunda-feira foi um dia perfeitamente normal, típico, corriqueiro, completamente sem anomalias.
Para outros…

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