Pesquisa revela que Cesta básica dos santanenses ficou 6,17% mais cara, em março

Dados foram confirmados pelo Curso de Ciências Econômicas da Unipampa em Sant’Ana do Livramento

O tomate foi o grande vilão da alta da cesta básica: 31,06% de aumento

No mês de março, o valor da cesta básica dos produtos alimentícios, em Sant’Ana do Livramento, apresentou um incremento de + 6,17% em relação à do mês de fevereiro. O valor ficou em R$ 272,08, enquanto o respectivo valor de fevereiro foi de R$ 256,26.

Da mesma forma que em fevereiro, praticamente todos os preços dos produtos que compõem a cesta apresentaram elevação, com exceção da banana e do açúcar, cujos preços apresentaram ligeiro recuo, de -,2,39% e -3,81%, respectivamente. Entre os produtos que apresentaram maior elevação mensal, destacam-se o tomate e a batata, cujas variações foram de 31,06% e 17,95 %, respectivamente. Cabe salientar, também, a elevação nos preços do café, 5,34%, o pão, 4,12% e, o feijão, 3,78%. Aumentos menos expressivos ficaram por conta da manteiga, arroz e carne, como é possível observar na tabela abaixo.

Nos três primeiros meses do ano, a cesta básica teve uma variação acumulada de 10,31%, sendo que os maiores aumentos foram para os preços do tomate, 42,57%; batata, 32,88%; farinha, 16,12%; feijão, 6,42%, e arroz, 4,05%. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada da cesta foi de +23,49%, sendo que os aumentos mais representativos ficaram por conta do tomate, 153%; batata, 87,36%; farinha, 30,45%; feijão 28,33%; arroz, 24,25%; e óleo, 23,26%. O preço da carne teve a menor variação acumulada nos últimos 12 meses, 1,92%.

Em relação às principais capitais do País, a maior variação mensal no valor da cesta correspondeu a Vitoria, 6,01%. São Paulo apresentou +2,96%, e Porto Alegre, 1,19%. A cesta básica de São Paulo alcançou o valor de R$ 336,26, e o respectivo valor de Porto Alegre foi de R$ 321,95. Nos primeiros três meses do ano, a variação acumulada em São Paulo foi de 10,29%, e a acumulada nos últimos 12 meses situou-se em 23,06%. Em Porto Alegre, a variação acumulada da cesta nos três primeiros meses do ano foi de 9,37%, e nos últimos doze meses a variação foi de 21,86%. 

Tendência de alta

“No informe de fevereiro passado, apontamos o indício de uma tendência crescente para o valor da cesta. O dado de março confirma a nossa previsão, o que não deixa de ser preocupante. Só resta aguardar que a desoneração tributária anunciada pelo governo federal, para os produtos que compõem a cesta básica, possa, nos próximos meses, após a desova acumulada de estoques, ter o efeito contrário à pressão para cima, que mostra o comportamento da cesta nestes primeiros meses do ano”, salientou o professor Carlos Hernan Céspedes, coordenador da pesquisa.

Segundo ele, os dados levantados permitem afirmar que o trabalhador santanense remunerado com o salário mínimo de R$ 678,00, correspondente a 220 horas mensais, necessitou o equivalente a 40,12% das horas trabalhadas para adquirir a cesta básica de alimentos. Ou seja, foram necessárias 88 horas e 17 minutos de trabalho para adquirir os alimentos que reproduzem a sua força de trabalho. Os respectivos valores para São Paulo e Porto Alegre foram: 109 horas e 7 minutos, e 104 horas e 28 minutos. Ou seja, em Sant’Ana do Livramento, ainda é possível adquirir a cesta básica com menos horas dedicadas ao trabalho que em São Paulo e Porto Alegre.

“Agradecemos a valiosa colaboração dos proprietários dos quarenta e três estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios que nos brindam a informação necessária para a construção do índice da cesta básica. Destacamos que o presente informe é possível graças ao concurso voluntário dos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas, Gederson Silva Gogia, Elis Renner Bandeira, Vivian Tatiana Rodriguez Yuane e Yan William Lacerda Dantas”, finalizou.

 

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