Na contramão, produtos da cesta básica ficam mais caros em Sant’Ana do Livramento

Valor da cesta ficou 3,17% mais caro que o mês de janeiro, tendo alta em quase todos os produtos pesquisados

Quase todos os produtos da Cesta Básica registraram alta, mesmo depois do anúncio de desoneração, feito pela presidente Dilma Roussef

No mês de fevereiro, o valor da cesta básica de alimentos, em Sant’Ana do Livramento, apresentou um incremento de 3,17% em relação a do mês de janeiro. O custo da cesta básica ficou em R$ 256,26, enquanto o respectivo valor de janeiro ficou em R$ 248,37. Praticamente todos os produtos da cesta básica tiveram seus preços incrementados, com exceção da banana e do açúcar, os quais apresentaram queda de -3,64 % e -0,42 %, respectivamente. Entre os alimentos que apresentaram os maiores aumentos, destacaram-se o tomate, 14,53%; a batata, 13,03 %; a manteiga, 3,56 %; a farinha, 2,96 %; o feijão, 2,45%; o arroz, 2,30%; a carne, 1,70%, além de outros. Em relação ao mês de fevereiro de 2012, a variação média acumulada nos últimos doze meses foi de 17,37%, destacando-se os incrementos nos seguintes produtos: tomate, 78,89%; a batata, 55,30%; o feijão, 27,73%; a farinha, 26,94%; o arroz, 22,52%; o óleo, 22,60%, e etc. Entre os preços dos produtos que tiveram menor variação nos últimos doze meses, mencionamos: o açúcar, -6,21%; a carne 4,58%; e o leite, 5,34%.

Nos dois primeiros meses de 2013, a variação acumulada dos preços foi de 3,90%, sendo os preços da farinha, da batata e do tomate os principais responsáveis pelo aumento. Em relação às principais capitais do País, a variação mensal dos preços da cesta em Livramento superou a variação de São Paulo, 2,57%; Rio de Janeiro, 0,98%; e Porto Alegre, 2,85%. Recife apresentou a maior variação, 8,35%, e Vitória apresentou a menor, – 0,63. São Paulo apresentou o maior valor da cesta, R$ 326,59; e Aracaju, o menor valor, R$ 238,40. “Os índices nos permitem apreciar o indício de um eventual início de tendência crescente neste começo de ano, tendo o mês de fevereiro mostrado um valor superior ao do mês de janeiro, 3,18% contra 0,70%. Por outro lado, nota-se que o respectivo valor de fevereiro só é menor que o registrado nos meses de junho e julho de 2012, isto é: 3,98% 9,45%, respectivamente.

Finalmente, os dados permitem afirmar que o trabalhador santanense, remunerado com o salário mínimo de R$ 678,00, correspondente a 220 horas mensais, necessitou o equivalente a 37,80% do salário mínimo para adquirir a cesta básica de alimentos, ou seja, foi necessário um total de 83 horas e 9 minutos de trabalho para a aquisição dos alimentos, com a finalidade de reproduzir a sua força de trabalho. Em relação aos valores de São Paulo e Porto Alegre, onde a participação respectiva do valor da cesta no salário básico representou em fevereiro, 52,36% e 51,01%, podemos dizer que, em Livramento, a cesta básica é de, ao menos, 21% mais barata”, afirmou o professor Carlos Hernan Cespedes, coordenador da pesquisa realizada mensalmente pelos acadêmicos do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Pampa.

 

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