Com um a menos, Grêmio fica no 0 a 0 com o Flu e precisa de empate no Chile
Cris foi expulso no segundo tempo após falta em Sobis. Time de Luxa tem 7 pontos no Grupo 8
O Grêmio não tem o direito de vacilar contra o Huachipato, dia 18, no Chile. Será preciso jogar muito mais do que no empate sem gols contra o Fluminense, nesta quarta-feira, na Arena, para seguir vivo na Libertadores. Por sorte, o empate basta. A fraca atuação, da qual nem Barcos escapou, combinada com o destempero de Cris, ainda no primeiro tempo, tiraram a paciência dos torcedores e, outra vez, lançaram dúvidas sobre o potencial da equipe.
Não foi o caldeirão com que sonhava Luxemburgo. Como o anel superior, que abriga os associados migrados, ficou longe da lotação máxima, o estádio exibiu muitos pontos claros e o Fluminense não se sentiu intimidado pelo ambiente.
O máximo que a torcida fez foi vaiar cada vez que o time de Abel Braga ensaiava um ataque.
Boa parte da energia dos torcedores também foi consumida em brigas. Duas delas ocorreram ainda de o jogo se iniciar, numa rotina que já incomoda. Outra, quase ao final do primeiro tempo, foi com a torcida do Fluminense, apartada só com a intervenção da Brigada Militar.
Dentro de campo, o Grêmio foi apático. Pará e André Santos buscaram sem sucesso abrir espaços pelas laterais, Zé Roberto e Marco Antonio pouco criaram e Barcos errou passes em excesso. Vargas correu pelos dois lados do campo, mas nada produziu.
Preocupado, Luxemburgo caminhava de um lado a outro, de cabeça baixa, com as mãos nos bolsos da calça.
Postados na frente da área, Jean e Edinho foram eficientes marcadores. E jamais ficaram sozinhos no combate. Contaram sempre com a solidariedade de Rhayner, Sobis e Michael e, com isso, ergueram uma barreira onde o Grêmio sempre esbarrava.
Com um quadro tão desfavorável, a bola parada virou recurso. Numa delas, Fernando bateu falta, Werley desviou de cabeça e Diego Cavalieri espalmou. No rebote, Barcos chutou rasteiro, nas mãos do goleiro do Fluminense.
Aflita, a torcida do Grêmio ainda viu Gum quase marcar de cabeça, após falta batida por Sobis. Dida defendeu esta conclusão e também o rebote, de cabeça, de Carlinhos.
Aos 44 minutos, Cris conseguiu piorar o que já era ruim. Em lance na linha lateral, sem qualquer risco para o Grêmio, exagerou na rispidez contra Sobis e foi expulso. Saiu de campo vaiado.
Com um jogador a mais, o Fluminense adonou-se do campo no segundo tempo. Fez a bola cruzar de um lado a outro do campo e empurrou o Grêmio para trás. Quase marcou a 10 minutos, quando Dida e Sobis bateu alto, já sem goleiro pela frente.
A imagem de um time inferiorizado compadeceu a torcida, que passou a cantar como forma de incentivo. A 19 minutos, Rhayner antecipou-se a Dida e empurrou para as redes, mas o gol foi anulado.
Luxemburgo entendeu que o empate seria um bom resultado e puxou seu time ainda mais para trás, ao trocar Barcos por Adriano. Mas o Fluminense ainda voltou a ameaçar a 30 minutos, em chute rasteiro de Rhayner que Dida salvou.
Os dois chutes de Fernando, a 39 minutos, novamente em cobrança de falta, e a 44, de fora da área, foram os únicos do Grêmio em todo o segundo tempo.