OS ROYALTIES DO PRÉ-SAL

Nunca foi tão atual a frase proferida pelo ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, de que “uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”. A suspensão pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, dos pagamentos à fornecedores do estado após a derrubada do veto do projeto que redistribui os recursos do pré-sal nada mais é do que uma bravata repercutida e divulgada pela imprensa como se fosse uma verdade.
O estado carioca não perde absolutamente nada, apenas deixa de receber o que vislumbrava num futuro próximo, com base num cálculo próprio. Ainda assim, com o crescimento do número de barris explorados por dia, dos dois milhões atuais para cerca de 4,2 milhões daqui a sete anos, o Rio de Janeiro deve receber números muito superiores aos atuais. Ou seja, não vai perder nenhum recurso já existente, e pelo contrário, vai aumentar a receita em alguns bilhões.
Para todos entenderem, o Rio de Janeiro abocanhou sozinho em 2011 23 vezes mais do que todos os outros estados juntos de um recurso proveniente única e exclusivamente da União, conforme o artigo 20 da Constituição, que tem o domínio do petróleo explorado na plataforma continental, a mais de 300 quilômetros da costa. Os cariocas embolsaram quase R$ 7 bilhões enquanto os demais estados ficaram com pouco mais de R$ 300 milhões.
Outro fato emblemático no debate trata das quebras de contratos que, por sinal, só levam as assinaturas da União e da empresa exploradora. O royalty, nesse caso, nada mais é do que uma compensação socioeconômica repassada da fatia da União por ser um recurso finito, e não ambiental. Sem esquecer que os cariocas não pagaram a mais do que nenhum outro estado para a Petrobras explorar o petróleo em alto mar.

Foram dois anos como presidente da Frente do Pré-sal, com mais de 300 membros, onde travamos batalhas quase que diárias. Hoje podemos comemorar essa vitória iniciada lá atrás, com o ex-deputado Ibsen Pinheiro, que não é a que queríamos, porque os privilégios continuam, mas é a que foi possível no Congresso.

Resta agora, uma nova vitória na Justiça, o que deve se confirmar no Supremo Tribunal Federal, e esperar que esses valores do pré-sal sejam uma ferramenta de justiça social e igualdade para todos os brasileiros que, de fato e direito, são donos dessa riqueza. E, quem sabe, uma verdade contada mil vezes seja reconhecida como verdade.

O TEXTO
O texto acima foi enviado à coluna pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB) que é o presidente da Frente do Pré-Sal no Congresso Nacional.

GALVÃO BUENO
A informação é do jornalista Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa): Contratando Ronaldo Fenômeno comentarista de futebol e Barrichello de Fórmula 1, a Globo alimentou os bastidores: começou a aposentadoria de Galvão Bueno. Não é demissão sumária, é um processo de perda de prestígio, pode ser lento, mas irrevogável. Um dos itens: a arrogância e o péssimo relacionamento, principalmente com os colegas.

PARA ONDE VAMOS? (1)
Numa recente agitação em Porto Alegre contra o aumento da tarifa de ônibus, marginais infiltrados entre os estudantes e militantes daqueles partidecos bem conhecidos afrontaram como jamais se tinha visto os brigadianos encarregados de manter a ordem.

PARA ONDE VAMOS? (2)
Com os rostos encobertos para evitar sua identificação, os desordeiros queriam fotografar os brigadianos e ainda ofereceram flores para eles. Numa demonstração de profissionalismo e treinamento, os policiais militares não reagiram e souberam se controlar diante de tanta provocação.

MASOQUISMO?
Será que aqueles desordeiros estavam com vontade de apanhar da polícia? Entre as teorias sobre masoquismo há casos patológicos que pessoas doentes sentem prazer com o próprio sofrimento. Cacetadas da polícia seriam uma solução para resolver alguma carência de bordoadas?

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