O BEIJO CONTRA

Atrizes nacionais resolveram mostrar o seu lado intolerante – fascistóide? – contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), o contestado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, promovendo algo ridículo já batizado de “beijo contra”. O caso do deputado Feliciano já foi abordado aqui neste espaço, mas como os protestos continuam, vamos seguindo com o assunto.

Fernanda Montenegro, numa solenidade de premiação de teatro, na semana passada, e Camila Amado trocaram um beijo na boca. Também na semana que passou, vestidas de noiva, as atrizes Fernanda Torres e Andréa Beltrão beijaram-se na boca. Esta cena foi ao ar, na tevê Globo. Os presentes aplaudiram entusiasmados. Nos dois casos, o recado estava dado. Era para Feliciano.

O deputado Marco Feliciano tem opiniões sobre o homossexualismo e o casamento gay e as revelou na sua condição de pastor evangélico. Ter uma opinião a respeito desse temas – polêmicos por natureza – não significa, necessariamente, estabelecer um comportamento preconceituoso. Nossas atrizes, tão vanguardistas e tão defensoras da liberdade de expressão, fazem parte dos grupos que querem tirar da presidência da CDH o deputado Feliciano.

Será que os grupos contrários ao deputado Feliciano confundem preconceito com opinião? Numa democracia de verdade, todas as opiniões devem ser respeitadas, inclusive aquelas que pregam contra a própria democracia. Opinião livre e liberdade de expressão são a essência do sistema democrático.

Esses movimentos contra o deputado Feliciano e o “beijo contra” das atrizes formam uma moldura fascistóide incompatível com as liberdades democráticas. Tentar demiti-lo de sua função legislativa é uma ação de intolerância de uma minoria da sociedade. Ou, por acaso, gays, lésbicas, transexuais, travestis e transgêneros formam a maioria do povo brasileiro?

Nas democracias, as minorias são representadas e respeitadas, mas um dever cívico dessas minorias é o respeito às decisões da maioria. A maioria parlamentar elegeu o deputado Marco Feliciano e aquelas manifestações na Câmara jamais serão democráticas. Na verdade, elas não passaram de uma demonstração de desordeiros e aprendizes. Adeptos do “beijo contra”. Confesso que sempre pensei que um beijo fosse é uma demonstração de amor, de afeto, de carinho. “Beijo contra?” Mais uma bobagem figurativa das esquerdas ridículas deste país.

FOI JUDAS

Um boneco do deputado Marco Feliciano foi malhado como Judas no sábado de Aleluia, numa vila popular de Brasília. Cartazes diziam que Feliciano “era amaldiçoado pelo preconceito”. “O deputado não representa os eleitores brasileiros”.

REPRESENTAÇÃO

De fato, o deputado Feliciano não representa os eleitores brasileiros. Ele representa o seu eleitorado, as pessoas que votaram nele. Na verdade, uma porção do eleitorado. Assim como o porta-voz dos inconformados, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), só representa uma pequena parcela do mesmo eleitorado nacional.

VOTAÇÃO

Jean Wyllys recebeu 13.018 votos e só se elegeu pela votação na legenda do PSOl no Rio de Janeiro. Já o deputado Marco Feliciano conquistou 211 mil votos e seus votos se concentraram no eleitorado evangélico paulista.

MAIS PROTESTOS

Uma colega de partido e integrante da CDH, a deputada Antonia Lúcia, do Acre, sentiu-se ofendida com uma frase do deputado, num culto religioso. Feliciano disse que a CDH, antes de sua eleição, era um “colegiado dominado por Satanás”. Nesta segunda-feira, Luciano pediu desculpas à deputada e justificou sua frase: “Era uma opinião religiosa que reflete sua visão espiritual”.

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