Festival de Pandorgas acontece nessa Sexta-Feira Santa no Lago do Batuva

Troféu, medalhas e diversos brindes serão distribuídos para os ganhadores e participantes

A 38ª edição do Festival de Pandorgas se realizará nessa Sexta-Feira Santa, dia 29, no Lago do Batuva, a partir das 14h.

Nessa edição, haverá quatro categorias de avaliação: maior e menor pandorga, criatividade e originalidade, e a quarta categoria para crianças menores de 10 anos.

O primeiro lugar ganhará troféu, e o segundo e terceiro lugares, medalhas. Também serão distribuídos vários prêmios de estímulo e motivação aos participantes.

A Secretaria Municipal de Educação promoveu, durante essa semana, diversas palestras sobre a história das pandorgas e oficinas sobre a sua confecção, com o popular Figico, pandorgueiro que já fabricou aproximadamente 12.000 pandorgas. “Ensinei todas as fases, desde o preparo da taquara até o corte do papel, sem deixar sobras, porque isso é um prejuízo para o fabricante. Fazer pandorga é uma ciência, desde a cana até a cola, há de se prestar atenção nos tirantes, por exemplo. E dou garantia que as minhas pandorgas levantam”, relatou Figico.

Nessa atividade, houve a participação de 11 escolas municipais e o fechamento dessas atividades será com alguns alunos inscritos no Festival de Pandorgas.

As pandorgas vencedoras do concurso, nessa 38ª edição, irão ficar expostas em um espaço denominado “Museu da Pandorga”, projeto concebido pelo Prefeito Glauber Lima. O local do museu não está definido, mas as pandorgas, na classificação de 1º, 2º e 3º lugares, já ficarão retidas para exposição. 

ORIGEM: ORIENTE
Já existia na China, por volta de 3.000 a. C. Uma das suposições de sua existência é que os orientais inventaram com a finalidade mágica, para se comunicarem com os espíritos dos ares. Na China, penduravam flautas de bambu nas caudas dos papagaios para que o vento as tocassem.
A cultura oriental foram utilizadas por monges do Tibet e de Camboja, principalmente em datas religiosas.

BRASIL
No século XVI (1.500), os portugueses já conheciam a pandorga. Quando vieram para o Brasil a trouxeram, tornando-a conhecida em todo o País.

SANT’ANA DO LIVRAMENTO
O folclorista santamariense Carlos Krebs e o jornalista Ivo Caggiani pesquisaram por quatro anos, concluindo que empinar pandorgas na Sexta-Feira Santa só acontece em Sant’Ana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai).
Mas o questionamento que mais o intrigava era sobre quem trouxe esse costume para a Fronteira. Foi então que Krebs entrou em contato com os espanhóis, localizando em Valencia, litoral leste da Espanha, o lugare onde teve origem o costume de empinar pandorga na Sexta-Feira Santa.
No período de 1679 e 1916, os espanhóis chegaram em Sant’Ana do Livramento e, conclui-se, que Antonio Vicente Liñares, originário de Valencia, foi a pessoa responsável pela herança de empinar pandorgas na Sexta-Feira Santa.

CRENDICE
“Sexta-Feira Santa – Jesus estava na cruz e o Diabo andava solto. Como o papagaio tem a forma de cruz, afugentava o Diabo”.
Fonte: Velocinio Silveira e Lenço Branco.

AES Sul alerta para riscos de acidentes durante Festival de Pandorgas em Livramento

A reportagem do jornal A Plateia entrevistou Robert dos Santos, Coordenador Operacional na Gerência Regional Centro-Oeste da AES Sul, na tarde de quinta-feira. Ele alerta a população santanense com relação aos riscos de acidentes provocados por pandorgas. Confira a entrevista abaixo:

A Plateia – Que tipos de problemas podem ocasionar, na rede elétrica, os acidentes provocados por pandorgas?
Robert dos Santos – Em primeiro lugar, é válido informar à comunidade santanense que a AES Sul está mobilizada para orientar as pessoas, especialmente sobre os riscos de acidentes. A colorida beleza do festival pode ficar ofuscada por incidentes que causem transtornos, como interrupções no fornecimento de energia, ou o mais grave, que são acidentes envolvendo pessoas.

A Plateia – Quais os números de ocorrências e atendimentos devido a acidentes provocados por pandorgas?
Robert dos Santos – Nos últimos três anos, mais de 14.600 clientes da distribuidora tiveram falta de energia elétrica devido a pandorgas que caíram sobre a rede, ou em subestações. Em 2010, foram 28 atendimentos, com 5.047 clientes atingidos; em 2011, foram 19 atendimentos, com 7.600 clientes atingidos; e no ano passado, foram 13 atendimentos, com 2.050 clientes atingidos.

A Plateia – Quais os principais motivos para a redução do número de ocorrências?
Robert dos Santos – Isso é resultado das ações de segurança promovidas pela AES Sul, mas a meta para esse ano é que não seja registrado nenhum problema.

A Plateia – Quais as principais orientações e alertas para que não ocorram acidentes?
Robert dos Santos – Na Semana Santa, o município de Sant’Ana do Livramento vive um dos mais belos espetáculos da Região da Fronteira, com milhares de pessoas participando do Festival de Pandorgas, uma tradição que a cada ano atrai mais público. A empresa conta com a colaboração da comunidade, e faz os seguintes alertas:
• Jamais empine pandorgas perto da rede elétrica ou de subestações;
• Nunca se aproxime de equipamentos elétricos caso uma pandorga caia, muito menos toque nesses equipamentos;
• Afaste crianças da rede elétrica;
• Informe, imediatamente, a AES Sul sobre qualquer incidente envolvendo a rede elétrica.

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