Sandra de Sá neles!

Uma das principais intérpretes dos anos 80 e parte de 90, Sandra de Sá (outrora apenas Sandra Sá), para quem sabe ouvir, ensina uma lição, muito pontual, em apenas uma frase de uma das músicas que interpretou e que gerou sucesso. E o mais incrível é que essa frase faz todo o sentido, especialmente depois de um fim de semana cheio de turistas em Sant’Ana e Rivera.
Aliás, a “relação” de Sandra de Sá com a Fronteira pode ir mais além, dependendo da forma como se olhe algumas das frases do trabalho, cujo conteúdo total, obviamente, não é remissivo à Fronteira da Paz.
Agora, o leitor deve estar se perguntando: o que tem a ver uma coisa com a outra? Teria o Editorialista ensandecido em sua escrita? Ficado insano em sua criatividade megalômana?
Não! Absolutamente, não! Nem insanidade megalômana, nem sandeu, todos sinônimos da mesma característica.
Perceba o leitor que a municipalidade, por intermédio da Secretaria de Turismo – fazendo seu papel, sim – realizou uma blitz de conscientização nos ônibus no sábado pela manhã. Básica e resumidamente, a pasta, por seus integrantes, tinha a missão de alertar os compristas dos onibus que eles poderiam colaborar com a manutenção da limpeza da cidade. Teriam apenas que não jogar lixo no chão.
Excelente iniciativa, abordar ônibus por ônibus, pessoa por pessoa. Fantástico. Bárbaro. Reduziu a sujeira na João Pessoa.
Mas, no parque Internacional, triplicou.
Aí entra uma questão estrutural, que podia ser constatada já no sábado à noite. O volume de compristas é infinitamente superior às pequenas papeleiras e ao depósito móvel situado na frente do parque, pela Tamandaré, à altura da rua Conde de Porto Alegre.
Sandra de Sá cantaria: “Cansei, já não dá mais…”
Mas é preciso entender que a insistência e a persistência removem montanhas, agora, falta colocar estruturas, como aqueles recipientes móveis que existem em Rivera. E, mais do que isso, além das pessoas utilizarem para colocar os restos de lanches, garrafas plásticas, caixas de papel, sacos plásticos, sacolas e outras embalagens dos produtos adquiridos nos free shops e também em alguns comércios locais, recipientes, é fundamental que já ao fim da tarde ou início da noite de sábado, sejam esvaziados, pois a “turma” da madrugada, ou, em alguns casos, a “turba” da madrugada precisa ter onde depositar os copos plásticos e latas de cerveja, garrafas plásticas e de vidro de cachaça, as long necks e outros vasilhames e embalagens utilizados para as bebedeiras noturnas que varam a João Goulart, deixando urinadas e fétidas todas as calçadas daquelas imediações.
Bem, mas Sandra de Sá não tem nada a ver com isso, por enquanto.
O turista-comprista precisa, sim, ser orientado, ser abordado e encaminhado, mas é preciso colocar estruturas para respaldar. Afinal de contas, retomando a música de Sandra de Sá, o pensamento do turista – e fundamentalmente das pessoas da fronteira – deve ser um só:
Vou jogar fora no lixo
Vou jogar fora no lixo
Jogar fora no li Ih Ih Ih Xo!..
Ou seja, de forma bem clara, quase pedagógica: lixo sendo jogado no local apropriado para receber lixo.
Não no meio do Parque Internacional.
Tampouco na Avenida João Goulart, abarrotando a papeleira (e não lixeira) que exala odor podre para quem usa a faixa de segurança na esquina com a Tamandaré.
Menos ainda na frente da Igreja do Rosário.
Convenhamos.
Sandra de Sá neles!s

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