Afinal, Livramento tem táxis para mais ou para menos?

Com um trânsito cada vez mais carregado e necessidade maior do cumprimento de horários, esta modalidade de transporte de passageiros volta à discussão

São carros que vão, carros que vêm, turistas que chegam, usuários cada vez mais preocupados em deixar os automóveis em casa e cumprir o que está escrito no rigor da Lei de Tolerância Zero de álcool no trânsito. No meio desse emaranhado de ingredientes, profissionais que atuam em uma das categorias mais necessárias em todas as cidades modernas, e que sabem que o fator tempo é crucial para o seu fortalecimento e crescimento econômico: os taxistas.

Ao longo da semana, entre tantas demandas, pelo menos uma chamou atenção na redação do Jornal A Plateia e na programação da Rádio RCC FM em seus programas de jornalismo, através de uma pergunta: Afinal, o número de táxis rodando na cidade, é mesmo suficiente? Em busca da resposta, a reportagem foi ouvir representantes das prestadoras de serviço, os chamados rádio táxis, e o presidente do Sindicato dos Proprietários Autônomos de Táxis. Em pelo menos um ponto, ambos concordam, e apresentam dados. A frota, atualmente com 172 veículos, é, sim, suficiente para atender à cidade e sua demanda. 

Tempo de Espera

Luciano Soares Pereira, proprietário de uma das prestadoras de serviço que atuam na cidade

Para Luciano Soares Pereira, proprietário de uma das prestadoras de serviço, Rádio Táxi, são atualmente 65 veículos pertencentes aos associados, todos funcionando e, segundo ele, apenas um que necessita de melhor conservação. “Estão todos funcionando. Chega, sim, a faltar veículos nos horários de pico, nos dias de shows, de chuva. Nesse horários, sim, mas no restante, não. A partir das 17h30, começa o pico, com pessoas que estão no centro voltando para as suas casas. Acho que 172 veículos é suficiente para atender à cidade. Para a nossa empresa, a demanda cada vez cresce mais. Talvez seja necessário aumentar a nossa frota, mas não quer dizer que a cidade precise, necessariamente, de um aumento de carros. Os carros associados conosco são 65 e, como temos uma propaganda intensiva, quanto mais pessoas trabalharem conosco, melhor”, explicou ele.

De acordo com Luciano, até 2,4 Km, os clientes pagam R$ 5,00 (cinco reais), a partir daí, o valor total da corrida terá um desconto de R$ 4,00. “Por exemplo, se o valor final da corrida deu R$ 25,00, a pessoa irá pagar apenas R$ 21,00”, explicou ele. Ainda assim, Luciano esclarece que o tempo de espera das pessoas está, sim, mais relacionado aos horários de pico, e reforça que há veículos para atender a cidade. 

Sindicato

Alípio Quevedo Maciel, presidente do Sindicato dos Proprietários Autônomos de Táxis

Igualmente procurado pela reportagem para falar da questão do número de táxis nas ruas da cidade e da ausência do serviço na Estação Rodoviária em alguns horários, o presidente do Sindicato dos Proprietários Autônomos de Táxis, Alípío Augusto Quevedo Maciel, acredita que também não faltam táxis na cidade. “Temos 172 veículos na nossa frota, o que é absolutamente suficiente para atender toda a nossa cidade com qualidade e conforto, tanto para os clientes que vêm dos diversos bairros, quanto para aqueles de outras cidades”, esclareceu. Em seu ponto tradicional, em frente ao Pronto-Atendimento da Santa Casa de Misericórdia, Alípio Quevedo disse que o serviço está dentro da normalidade, mas que alguns pontos precisam ser acertados, como, por exemplo, a permanência dos profissionais em determinados horários, na Estação Rodoviária de Livramento. 

Estação Rodoviária

Ao falar do serviço prestado na Estação Rodoviária de Livramento, o presidente do Sindicato disse que ali trabalham alguns dos melhores profissionais da cidade. “Temos ali bons profissionais, 16 carros em plenas condições para prestar o serviço. Ali temos que ter um bom serviço, e sempre foi assim. O que acontece é que destes 16 carros, hoje, existe uma parte que não tem a motivação para o trabalho, pela dificuldade que estão enfrentando com a concorrência das rádios, que acabam se aproximando do local de trabalho deles e barganhando, não sei até que ponto leal ou deslealmente, não somos nós que avaliamos, mas os profissionais que estão ali pagam seus tributos, etc. Então, muitos deles realmente não estão ali quando chegam os ônibus de madrugada, da capital, por exemplo. Na terça-feira, teremos uma reunião com o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, quando vamos tratar desta questão e tentar chegar a um bom termo para adequar a situação e prestar o melhor serviço possível para a nossa comunidade e para as pessoas que chegam na nossa Estação Rodoviária, vindas das mais diversas regiões. Vamos conversar com quem pode prestar um auxílio na fiscalização, para ver o que pode ser feito ali naquela situação”, disse ele.

Alípio Quevedo disse que irá conversar com os proprietários de veículos na Estação Rodoviária, para que estes constituam um motorista auxiliar para voltar a atuar nos horários diferenciados. “Desde que eles tenham a garantia do serviço no local de trabalho deles. Hoje, os motoristas da Rodoviária estão bastante incomodados pelo pessoal que, muitas vezes, não tem orientação das prestadoras de serviço. Se tem um cliente da Rádio ou GPS Táxi, ele pode, sim, se aproximar para levantar um passageiro, desde que solicitado. O que não pode é forçar o pessoal a retirar os carros do ponto. Mas vamos conversar para ver se podemos fazer tudo voltar a ser o que era antes, e resolver da melhor maneira possível para todos esta situação”, finalizou o presidente.

 

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