Um pouco de ciência

Na física, velocidade relaciona a variação da posição no espaço em relação ao tempo, ou seja, qual a distância percorrida por um corpo num determinado intervalo temporal. É uma grandeza vetorial, possuindo direção, sentido e módulo, esse último chamado de rapidez e de dimensões, sendo medida em metros por segundo, quilômetros por segundo, podendo ser por uso de outras combinações, como Km/h, m/h. A variação da velocidade em relação ao tempo é a aceleração. Em uma síntese que remonta ao ensinamentos lá do antigo segundo grau (hoje ensino médio), é assim que se pode entender a questão trânsito.

Mas, no trânsito, esse vetor adquire um outro sentido a partir da interpretação das pessoas que utilizam veículos. Para quem tem o pé pesado ou a mão nervosa (condutores de meios de transporte que usam quatro – ou mais – rodas e duas rodas, respectivamente) é o completo esquecimento das boas e velhas aulas de física que gera o uso equivocado dos meios à disposição, portanto, é possível concluir que atrelado a essa falta de aplicação da física, entendimento díspar, entre outras emoções e sentimentos (como o de que tudo só acontece com os outros e não “comigo”) está a causa da irresponsabilidade que, mediante a tomada de decisões errôneas em frações de segundo, inabilidade, distração, ocorrem os acidentes, vitimando os próprios condutores e os transeuntes usuários das vias públicas.

Retome-se a física, da base newtoniana. O conceito fundamental de força estipula que essa grandeza tem a capacidade de vencer a inércia de um corpo, modificando-lhe a velocidade, seja em sua magnitude ou direção, já que se trata de um vetor.

Vai daí que todos os conceitos científicos, inclusive os da aceleração, são compreensíveis na prática cotidiana, bastando levar para o campo científico os acidentes de trânsito verificados nas vias e rodovias.

Agora, o leitor deve estar se perguntando o motivo de uma explanação sobre física…

É bem mais simples do que se possa cogitar. Uma conclusão lógica que provém do método indutivo. Método indutivo, ou indução, é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte da experiência sensível, dos dados particulares próprios das ciências naturais também aparece na Matemática através da Estatística. Utilizando como exemplo a enumeração, trata-se de um raciocínio indutivo baseado na contagem. É importante que a enumeração de dados (que correspondem às experiências feitas) seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral.

Ou seja: velocidade excessiva mata; alguns condutores a usam no trânsito; se alguns condutores usam velocidade excessiva no trânsito, que mata; é possível concluir que a velocidade excessiva usada pelos condutores de veículos no trânsito mata.

Deixe-se de lado a cientificidade, que explica, conforme o que foi visto, o que as pessoas acabam deixando de lado.

É possível chegar a uma outra conclusão. Se a ciência produz resultados em forma de alerta; ciência faz parte do processo educativo, é na educação que, cientificamente, é possível gerar uma nova compreensão e futuro estado de consciência que permita reduzir a incidência de velocidade no trânsito, de modo a reduzir as estatísticas de mortes e avarias, mutilações e sequelas, amassamentos e incêndios de veículos. O humano, educado e, por convicção própria, consciente, condições adquiridas em sua educação pregressa, tenderia – pelo menos em tese – a não ser o provocador de um volume de acidentes que fosse engrossar as estatísticas.

Essa ciência também pode ser aplicada a outros elementos, variáveis, que estão presentes no contexto trânsito. Uso do álcool e produção, a partir deste, de novo e descabido estado de consciência, com as derivações – como confusão mental, percepção aquém do normal, falta de coordenação motora, etc… – que daí advém.

Assim, a conclusão geral: só a educação associada à conscientização para reduzir as mortes no trânsito.

 

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