Um problema muito sério

Olhe cada um para o lugar onde vive. Nosso espaço urbano está cada vez mais reduzido, mais povoado, mais cheio de gente, mais abarrotado de prédios, de edifícios, com as ruas atravancadas de veículos, de ruídos, de animais e de lixo de toda a espécie. Ta precisando de uma limpeza geral, de uma higienização, de uma reciclada, de uma reorganização de tudo em locais e lugares mais adequados.

Enquanto no centro das grandes cidades as pessoas se comprimem umas às outras e quase não há espaço para estar, andar, passear, passar, se movimentar ou mesmo respirar com o congestionamento do trânsito humano e urbano, nas cidades médias ou pequenas isso também está acontecendo, e nas rodovias, longas e quilométricas filas de automóveis, ônibus e caminhões e muitas horas de espera, levam milhares de pessoas à ansiedade, ao desespero e ao estresse, porque, aparentemente, nada é possível fazer.

Não sei se alguém viu ou se lembra do filme 2025 onde a população urbana era tão grande que não conseguia se mover, enquanto de tempos em tempos, grandes caminhões com caçamba passavam diariamente, como se fossem caminhões de lixo, e juntavam as pessoas comuns das ruas para serem levadas como gado e abatidas e transformadas em comprimidos de alto valor nutritivo, enquanto as classes privilegiadas viviam encerradas em edifícios e quando envelheciam iam para clínicas ou spas confortáveis onde tinham o direito de assistir, numa tela cinematográfica, a filmes sobre uma natureza que tinha deixado de existir.

Mas não se preocupem. Por enquanto nossa população no geral ainda é dinâmica e, apesar da falta de espaço, não fica parada nas ruas atrapalhando o trânsito por não ter para onde ir. Mas não estamos muito longe disso. É só olhar para algumas ruas centrais ou calçadões de capitais onde grande número ocioso de indivíduos se concentra todos os dias.

Nos países ou centros mais populosos, com enorme aglomeração de pessoas residindo ou transitando em espaço cada vez mais restrito ou reduzido faz com que a promiscuidade, a falta de educação, a falta de higiene e saneamento se transformem num imenso problema que é de todos e de cada um em particular.

Por outro lado, temos o caso das migrações e das invasões territoriais como é o caso da Argentina, com pessoas sem teto vindas de outros países, abarrotando a cidade de Buenos Aires e concorrendo a um espaço físico ou moradia com os próprios argentinos. Esse também é um problema muito sério, que deve servir de alerta aos demais governos.

Quer dizer, em vez de ficarem trocando favores e cortesias, seria bom que os mandatários, através de seus chanceleres, pusessem o constrangimento de lado e recomendassem uns aos outros que mantivessem seus povos dentro dos limites dos seus próprios territórios, sem transferir a questão econômica , social e habitacional para os outros resolverem.

Luciano Machado

 

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