VAMOS TROCAR O MODELO?

O professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Emerson Marçal, não vê como o Brasil poderá crescer mais do que em 2012 (um PIB de apenas 0,9%) se não mudar a sua política econômica. Marçal diz que se o governo quer um crescimento mais robusto, “precisa acelerar uma agenda de reformas e de ações de longo prazo” para racionalizar o sistema tributário e melhorar a infraestrutura do país, além de investir mais em capital humano e na busca de acordos comerciais.

Manoel Horácio, presidente do conselho de administração do Banco Fator, em julho do ano passado, já dizia que “o governo deveria aplicar parte do excedente gerado pela economia e teríamos uns 400 bilhões de reais que poderiam ter sido investidos em infraestrutura. O país estaria bem melhor” Mas a realidade é outra, pois em dez anos o gasto público passou de 14,5% do PIB para 19%.

Horácio afirmou que, nos últimos 10 anos, o Brasil foi ajudado pelo crescimento mundial, que fortaleceu o real – depreciando a indústria nacional – por isso, agora o governo precisa investir, para elevar a produtividade e a competitividade brasileiras. “Hoje o setor privado está mais eficiente que o público”.

Qualquer empresário moderno sabe que a economia brasileira é competitiva com as melhores do mundo. Até a porteira do agronegócio e a porta da fábrica o Brasil mostra-se eficiente e competitivo, mas os negócios começam a se complicar quando o Estado precisa apresentar a sua infraestrutura e aí o empresário cai nas malhas da burocracia e da falta de condições para tocar o seu negócio. Da má rodovia ao terminal portuário.

E o economista Roberto Padovani justifica o baixo crescimento do PIB em 2012, “fruto de uma política econômica equivocada. Insistimos no crescimento nacional, diz ele, pelo aumento do consumo e isso gerou um descompasso entre a oferta e a demanda doméstica com reflexos negativos sobre a inflação.

Como ano de 2013 está apenas começando ainda é possível pensar mais em investimento na infraestrura do que no simplório aumento de consumo. No caso brasileiro, então, ele se torna perigoso, pois junto vem uma bolha de crédito que pode explodir comoi nos EUA, em 2008.

PERDEMOS O POSTO

Já não somos a sexta economia do mundo. A Grã-Bretanha nos passou outra vez. Talvez por que a economia brasileira é baseada no crescimento, quando deveríamos baseá-la no desenvolvimento. Só que o desenvolvimento de um país tem de estar baseado, acima de tudo, na educação. Basta olhar para a Coréia do Sul…

O GOVERNO E O FUTEBOL

Segundo o colunista brasiliense Leandro Mazzini, “se o Ministério Público Federal quiser, desvenda como a Caixa Federal bancou a vinda de Pato para o Corinthians e como a Petrobrás segurou por anos as contas do Flamengo”.

VIDA BOA NO CONGO

O salário mínimo na República do Congo é de 160 dólares americanos por mês. Nosso embaixador em Brazzaville, Paulo Américo Veiga Wolowski, tem o salário mais alto pago pelo Itamaraty no exterior. Wolowski ganha o equivalente a 29.450 dólares mensais, ou R$ 58.900.

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