Rede estadual se prepara para receber os estudantes

Após formação pedagógica de professores, escolas estaduais iniciam hoje o ano letivo

O processo de formação pedagógica para o início do ano letivo, iniciado nesta semana pela Secretaria de Estado da Educação – Seduc – mobilizou os professores da rede estadual de ensino na realização de encontros pedagógicos, que aconteceram na última segunda e terça-feira, dias que antecedem o início das aulas, previsto para o dia de hoje.

Segundo a coordenadora regional de educação, Meire Torres Aguer Garagorry, cerca de 220 professores participaram nos dois dias de formação ocorridos no Clube Caixeiral. “Trouxemos mais uma vez um espaço de formação para os professores da rede pública estadual envolvendo toda a região que abrange a 19ª Coordenadoria Regional de Educação”, afirmou Meire.

No primeiro dia, aconteceu um grande debate acerca da importância da interdisciplinaridade, mais especificamente para o Ensino Politécnico, que está sendo reestruturado desde o ano passado. “Este debate aconteceu procurando promover o conhecimento, a aprendizagem, e o envolvimento do aluno na produção deste conhecimento. Isto nos leva a fazer com que o professor tenha outra forma metodológica de trabalhar os conteúdos”, destacou a coordenadora.

Já no segundo dia, o tema tratado foi a inclusão, assunto em voga, tendo em vista a necessidade de atender a demanda da sociedade. “Livramento tem, na sua estrutura de escolas da rede pública, salas de recurso. Temos classes especiais que dentro da nova proposta legal, estão sendo substituídas por salas multifuncionais. Posso assegurar que as escolas estaduais, hoje, têm suporte para atender as crianças com necessidades especiais.

A coordenadora também assegurou que os professores estão preparados para receber alunos com necessidades especiais. “Mas não é por isso que vamos dispensar este tipo de evento. Pelo contrário, é nesses eventos que a gente reforça nossos laços, discute os nossos problemas; pois a educação é um processo inacabado, estando sempre em transformação”, finalizou.

 Estudantes falam da expectativa da volta às aulas

A jovem Pamela Fagundes Christino, 17 anos, conta que deseja voltar às aulas pois é o último ano de colégio: ela irá cursar o terceiro ano do Ensino Médio. “Agora que vou para o último ano, dá vontade de continuar estudando”, contou.
Já sua amiga, Nathalia Vargas, 15 anos, irá cursar o segundo ano e tem uma ideia diferente de Pamela: “Eu não queria voltar, acho muito cedo, as férias poderiam durar mais”, afirmou. Ambas, no entanto, afirmaram sentir saudades da convivência com os amigos durante o período letivo.
As amigas Victória Martins Pinto 15 anos, e Anna Emília Bougleux, 14 anos, que estão no primeiro e segundo ano do Ensino Médio, respectivamente, afirmaram que “ainda não caiu a ficha que as aulas estão recomeçando”. “Por nós, não voltaríamos já às aulas, queríamos mais férias”, relataram.

ENTREVISTA 

A coordenadora regional de educação, Meire Garagorry

Em entrevista à reportagem de A Plateia, a coordenadora Meire Garagorry explanou alguns pontos inerentes ao retorno às aulas, que acontece hoje. Confira a seguir.

A Plateia: Neste início de ano letivo, o quadro de professores encontra-se completo ou ainda faltam
profissionais?
Coordenadora: O nosso trabalho de início de ano letivo começou no fim do ano passado, para que este ano letivo iniciasse com mais tranquilidade. Estou muito satisfeita, principalmente com nosso trabalho de recursos humanos, pois iniciaremos este ano letivo quase sem necessidade de professor nas escolas. As grandes escolas estão completas, temos algumas questões pontuais, de licenças e imprevistos do dia a dia, mas estamos com o quadro de professores das escolas pronto para começar o ano letivo de 2013.

A Plateia: Como se encontram as escolas estaduais da cidade em termos estruturais?
Coordenadora: As nossas escolas, todas elas, têm uma estrutura muito boa. Temos alguns processos de emergencialidade, cujas escolas em questão já estão sendo atendidas. Este ano, teremos previstas no PNO – Plano Nacional de Obras – reformas para 25 escolas da região da 19ª CRE. Ou seja, algumas escolas de Livramento serão agraciadas com esta reforma de caráter geral, procurando colocá-las numa situação física em que não precise de reforma nos próximos dez anos.

A Plateia: Em Livramento, existem escolas que não irão funcionar por falta de alunos?
Coordenadora: Não. Nós estamos fazendo alguns ajustes em termos de matrícula, porque hoje nós vivemos um novo tempo em que não precisamos de matrícula, nós temos vagas suficientes para atender a demanda do município. Todas as escolas estão funcionando, inclusive, estamos abrindo o Ensino Médio na zona rural, na escola Antonio Conselheiro, localizada no Cerro dos Munhoz, para que os alunos dessa localidade não precisem mais vir transportados, a certa distância, para chegar à escola. Então, estamos tendo alguns avanços que considero significativos.

A Plateia: Então, existem localidades que necessitam de transporte escolar?
Coordenadora: Sim, temos várias escolas na zona rural, e muitos alunos que precisam de transporte. Estamos com o trabalho encaminhado e está tudo previsto para iniciar no dia 10 de março. Ao todo, são sete escolas na zona rural que utilizam transporte e outros tantos alunos que utilizam o transporte para vir para o Ensino Médio na cidade.

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