Momento zero

Está fechando o segundo mês do ano – e considerando que uma maioria afirma que o ano inicia em março – convém oferecer os votos de feliz ano novo, mas, ao mesmo tempo, recordar que se, de fato, está iniciando o ano, é preciso acelerar ainda mais as ações, públicas e privadas, em prol da concretização do desenvolvimento local em todas as áreas. Velhos problemas persistem e, por enquanto, até contrariando aos que defendem a tese do ano iniciar após o carnaval, é possível perceber que a situação está difícil, preços subindo, consumo estático, perspectivas ainda esfumaçadas. Entretanto, é sabido e notório que há necessidade do tempo de ajuste, seja para a sociedade, seja para a municipalidade. Constatável, nesse sentido que ninguém está parado, pois há muitos santanenses envolvidos em ações cotidianas que impactam positivamente na soma em prol do desenvolvimento.
Mas também, embora não se espere que as coisas aconteçam a toque de caixa, é bem verdade que qualquer mãozinha para movimentar as engrenagens da política é importante. É nesse sentido que a análise deve ser feita, pois, fatidicamente, os risquícios de uma velha política ainda parecem oferecer resistência ao novo desejado.
É perceptível o espírito de boa vontade, de positivismo, que felizmente está se espalhando em meio à comunidade e, mesmo com a possibilidade de que este ano não se consiga concretizar tudo aquilo que, efetivamente, a cidadania merece, governo municipal e sociedade começam a conversar na mesma língua. Não porque seja o governo do PT, do alinhamento com Estado e União, mas, fundamentalmente, porque parece que uma significativa parcela (que, espera-se, torne-se a maioria) dos protagonistas de todas as áreas, inclusive da política, começam a entender que é preciso, é essencial, compreendendo que Livramento já não suporta mais falácia, precisa de prática. Quer resolução para as situações críticas, como a dos camelôs, já encaminhada e, salvo melhor juízo ou alguma excepcionalidade, terão seu espaço efetivo, bem estruturado, até 30 de novembro deste ano.
As propostas de concretizações de projetos locais, associados a captações externas de recursos, como no caso do Carnaval, cancelado neste ano; a Campereada, em abril-maio; acabam por ser as principais provas de que é preciso que se transforme o pensamento da cidadania, que se inicie, de forma efetiva, a construção do projeto Sant’Ana do presente, a fim de edificar a Sant’Ana do futuro. É inegável que a movimentação em torno da concretização de um projeto de consistente e visível resultado popular e que, a médio e longo prazo, consiga trazer para o município divisas, dinheiro e circulação econômica, ao mesmo tempo em que se configura como impulsionador social e, consequentemente, retorno comunitário está iniciado. Assim como também está a integração tão falada, vivenciada no cotidiano, mas pelo peso da política e das leis, dista ainda do ideal desejável para o coletivo das duas cidades.
Diante disso, trata-se de uma questão de trabalho organizado, planejado e com metodologia, a fim de transformar Sant’Ana em um município pautado pelo resultado, que gere renda, que consiga determinar empregos em grande número, que ofereça ações e espetáculos, resultados e concretizações dignos de orgulho para a comunidade – e que seja, em resumo, a consolidação com alegria do começo ao fim, da Sant’Ana que o santanense que bota o coração nas coisas quer.
Sant’Ana pode e quer e, portanto, não há força maior do que o coração a impulsionar as transformações necessárias, seja em eventos, atividades, ações, políticas e palavras. Eis um ponto, final, que é essencialmente importante: palavras, positivas, sólidas, alicerçadas na possibilidade de realização.
É a Sant’Ana que todos querem. Todos devem manter-se lutando para que se efetive. Cada um deve fazer sua parte e nunca é tarde para começar.
Entretanto, fica a advertência de que se de boa vontade – diz o dito popular – o inferno está cheio, também é admissível entender – outro dito – que uma andorinha só não faz verão.
Da mesma forma, é fundamental buscar o combate ferrenho às eventuais tentativas de involução, como a mentalidade de não investimento, não geração de postos de trabalho legais, entre tantas outras mazelas que são conhecida e notoriamente reais no cotidiano santanense.
Está iniciado, ao mesmo tempo, um novo processo de entendimento que uma coletividade precisa ter. Pode demorar, mas a assimilação dever ocorrer e se perpetuar, independente de quem se alterne nos poderes constituídos ao longo das próximas décadas.

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