Lembrete oportuno

Deu em A Plateia, ontem, a mobilização antidengue está tendo continuidade. Mas – e a vida é cheia de mas – há um elemento fundamental que precisa estar ainda mais ativo do que qualquer órgão de vigilância: o cidadão. Não que seja preciso jogar para a cidadania a responsabilidade sobre os elementos preventivos. É preciso que fique claro que é, sim, do cidadão, em seu pátio, em sua área de serviço, a responsabilidade de impedir a propagação, especialmente em função das alternâncias da temperatura: calor, ou seja, temperatura alta e umidade são elementos determinantes para os mosquitos. Inclusive, o da dengue.
Aliás, a dengue é uma doença causada por um vírus e transmitida pela picada de um mosquito, o Aedes aegypti. Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. Geralmente, quando contaminada pela primeira vez, a pessoa contrai a dengue clássica. Em uma segunda contaminação, existe um risco muito maior de se contrair a dengue hemorrágica, que é muito mais grave e pode levar à morte.
A melhor maneira de dar um fora na dengue é tomar pequenos cuidados todos os dias. Afinal, os ovos do mosquito continuam vivos até por 1 ano. Se a população da Fronteira não tomar consciência e tentar prevenir o problema, fica mais difícil de controlar. Pois vale lembrar o, para alguns, distante ano de 2007, quando foram achados 20 focos do mosquito na cidade de Rivera, justamente em fevereiro e, alguns dias depois, naquele então, novamente mais 5 larvas do mosquito foram encontradas nas ruas Faustino Carámbula e Dr. Anollés, da cidade vizinha.
Dizia-se, naquela época, que estava tudo sob controle. Não que não esteja, hoje, porém, mais de um ano depois daquele ano, em 2008, a vigilância sanitária descobriu que quatro focos em Livramento haviam surgido.
Os anos passam, é verdade, mas no que se refere a esse elemento (prevenção) jamais torna-se possível esmorecer. É vigilância total.
As orientações e conselhos são os mesmos de sempre.
Vale repetir?
É de se pensar que sim, pois fundamental se torna prevenir.
A prevenção é um dos fatores que colabora para o controle da doença, sendo que a população deve tomar alguns cuidados. Sabe aquelas latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes que ficam jogadas por aí? Elas acumulam água e viram um ótimo esconderijo para que o mosquito ponha ovos e se desenvolva. Pneus velhos acumulam água e o Aedes aegypti, o mosquito da dengue, faz a festa. Então, sempre deixe os pneus em local seco e protegido da chuva ou jogue-os fora em lugar apropriado. Jogue fora as garrafas PET e de vidro vazias (se possível faça uso da coleta seletiva de lixo).
Se precisar guardar alguma, vire-a de cabeça para baixo, assim não ficará nenhuma água armazenada.
Não deixe a água se acumular em vasinhos de plantas e jarros de flores. A dica é colocar areia no prato do vaso. Caixas d’água, tambores, latões e cisternas devem ficar bem fechados, sem nenhuma fresta, para impedir a entrada do mosquito. Feche bem os sacos plásticos e mantenha a lixeira bem tampada e seca.
Não se trata de alarmismo ou zelo excessivo, pois é preciso lembrar que, efetivamente, vigiar é estar atento aos mínimos detalhes e também no que se refere à escala macro, afinal de contas, quantos turistas de outras regiões Livramento e Rivera recebem por dia, transitando pelas vias fronteiristas? E argentinos, nas quinzenas?
Isso é preciso levar em consideração.
A Fronteira separada por uma rua deve se unir e combater o foco mosquito, sendo que para isto é necessária a colaboração da população, pois afinal o mosquito Aedes Aegypti não precisa de passaporte para cruzar a linha divisória.

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