Limpar pichações de vândalos na fachada da prefeitura marca retomada do serviço

Secretária de Serviços Urbanos teve trabalho extra com ação de vândalos no palácio Moysés Vianna

Secretária Ana Aseff, com um jato de água direcionado: trabalho intenso

Foram quatro noites de Carnaval. Em Rivera, na via pública, e nos clubes sociais de Livramento. Ponto facultativo. Na prática, feriadão. Período perfeito para a ação de vândalos. A retomada do trabalho do serviço público, ontem, a partir das 12h30, foi com água, palha de aço, sabão, água sanitária e esfregão. Em uma das noites – provavelmente na madrugada de domingo – a fachada da prefeitura municipal, o Palácio Moysés Vianna, foi alvo de vandalismo.

Usando tinta preta, possivelmente spray de baixa qualidade, vândalos picharam a frente, pela rua Rivadávia Corrêa, e a lateral, pela Duque de Caxias. O fato foi constatado, inclusive, no início da manhã de segunda-feira, quando a unidade móvel da RCC FM trafegava pelas imediações da praça General Osório. Porém, devido ao feriado de terça e ao ponto facultativo decretado, somente foi possível fazer alguma coisa no fim da manhã de ontem, quando o funcionalismo municipal retornou ao trabalho. Durante mais de 48 horas, quem circulou pela praça General Osório – turista ou local – pôde observar as marcas dos vândalos em um dos prédios de arquitetura histórica do coração de Livramento, que serviu como prisão, delegacia, intendência e, mais tarde – até hoje – sede administrativa do governo municipal.

A retomada das atividades veio em forma de uma convocação geral na equipe da Secretaria de Serviços Urbanos, protagonizada pela titular da pasta, Ana Aseff. Foram utilizados materiais de limpeza, escadas, escovas e trabalho físico, acompanhados de jato de água de alta pressão e muito sabão, com a finalidade de eliminar os vestígios da passagem dos vândalos pela frente do paço do município. 

Foi necessário esfregar com palha de aço e lixa para retirar a parte mais densa da tinta spray

Sem suspeita 

“Não bastasse todo o trabalho que temos para realizar, no que diz respeito à limpeza e conservação da cidade, tivemos que, já de imediato, formar uma força-tarefa com a equipe da secretaria para realizar a limpeza. Talvez ainda fiquem algumas manchas após a retirada das camadas, mas ficará limpo” – disse Ana Aseff, salientando que essa ação dos vândalos não foi vista.

Até o presente momento, não há suspeita sobre a autoria da pichação. O histórico de casos semelhantes, de danos ao patrimônio público com o uso de latas de spray colorido, é recorrente, embora seja registrado de forma esporádica. Ana Aseff observa que logo à retomada do trabalho pós-feriadão e ciente da realidade de péssima condição visual do palácio Moysés Vianna, abriu o expediente já convocando a equipe da pasta que comanda para a tarefa, que se estendeu por uma boa parte da tarde. Após a conclusão do serviço, permaneceram pequenas manchas, visíveis apenas de muito próximo.

A princípio, não deverá ser realizado registro de boletim de ocorrência, dada a grande dificuldade de encontrar elementos que possam servir como indícios para motivar uma investigação. Além de não haver testemunhas, não existem pistas que possam levar à identificação sequer de possíveis suspeitos. 

Começo do expediente de quarta-feira: força-tarefa para limpar a fachada e a lateral do palácio Moysés Vianna

Observação 

A secretária de Serviços Urbanos faz referência à necessidade uma readaptação à condição de vigilância, especialmente no que se refere às questões noturnas, já que não houve qualquer testemunha da pichação. “Creio que o aspecto vigilância, na praça e na própria prefeitura, pode e deve ser revisto, especialmente em situações e períodos excepcionais, como é o Carnaval” – disse Ana Aseff, salientando que a retomada nas várias frentes de trabalho que estão sendo levadas a efeito pelos servidores municipais, se dará mais propriamente na manhã de hoje, buscando chegar aos locais que ainda não tiveram o trabalho equalizado.

Também é importante, no que tange às edificações do patrimônio público, que a comunidade, ao perceber qualquer ação de vândalo ou depredador, deve, imediatamente, procurar o contato com as forças de segurança, como a Brigada Militar.

Ana Aseff pondera que a pichação não tem características de arte em momento algum (segundo os especialistas, o uso de spray para desenhos, frases, etc. é conhecido como grafite, completamente diferente do ato de pichar), pois foi utilizado um spray de cor preta, tendo sido grafados, de forma aleatória e, praticamente, sem qualquer preocupação em passar uma mensagem, vários riscos e símbolos desconhecidos, predominando as linhas de lado a lado, não havendo muitas palavras inteligíveis. A aderência da tinta é boa, o que exigiu que fossem empregados escovões de palha de aço para a retirada. A própria secretária comandava, além de participar ativamente da limpeza, a equipe de trabalho.

O prefeito Glauber Lima estava chegando à cidade e o contato via telefone celular, até o fechamento desta edição, não foi possível, tendo sido realizadas várias chamadas.

 

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