Grêmio vacila e perde para a LDU em Quito

Equipe de Luxemburgo precisará de vitória por dois gols na Arena para eliminar equatorianos

Mesmo com o reforço de Eduardo Vargas, o Grêmio não resistiu ao poder da LDU na altitude de Quito e acabou derrotado por 1 a 0 no Estádio Casa Blanca. Por conta do gol de Feraud, o time de Vanderlei Luxemburgo terá que vencer por dois gols de vantagem no jogo de volta, na Arena, em 30 de janeiro. Caso o placar se repita em Porto Alegre, a decisão irá para os pênaltis.

O ambiente favoreceu ao Grêmio. Muito abaixo de sua lotação completa, o Casablanca não se transformou no caldeirão de outras partidas. Como se previa, os preços altos afastaram a torcida da LDU. A compensação veio de parte das organizadas, que faziam muito barulho atrás das duas goleiras, com seus cantos e tambores. Nada parecido, porém, com o que se vira sábado, quando mais de 25 mil pessoas compareceram ao jogo de apresentação das novas caras da equipe.

Confirmou-se a habitual correria da LDU nos primeiros minutos. Embora sem o agudo Rojas, lesionado a 2 minutos, os equatorianos trataram de usar bem os dois lados do campo. Quem mais incomodou foi Hidalgo, volante que, de forma surpreendente, converteu-se em ala, dando trabalho a Pará. Acuado, o Grêmio trato de reter o andamento da partida. Experiente, Dida demorava-se nas reposições, provocando explosões de ira da torcida contra o árbitro. Zé Roberto tratava de jogar para os lados, ganhando segundos. Fernando, ao sofrer uma falta, rolou pelo gramado, até que a maca entrasse em campo para retirá-lo.

Apesar da pressão, o Grêmio não correu riscos. No máximo, alguns sustos, quando havia cruzamentos altos para a área, confundindo os ainda desentrosados Cris e Saimon. Pressionado, restava ao Grêmio explorar as jogadas longas, preferencialmente para Elano. Uma estratégia contrária as orientações de Vanderlei Luxemburgo, que pedia passes curtos, para evitar um desgaste excessivo.

A primeira conclusão foi de Fernando, em chute alto, a 38 minutos. Aos 41, o time teve seu lance mais lúcido. Dida repôs com as mãos para Zé Roberto, que acionou Elano na direita. O cruzamento, alto, foi desperdiçado por Willian José, que cabeceou fraco, para o chão.

Já com Vargas no lugar de Willian José, o Grêmio foi mais ousado no segundo tempo. A 3 minutos, Zé Roberto, pressionado, não conseguiu concluir bom cruzamento de Pará. Um minuto mais tarde, Moreno chegou atrasado em passe da direita, já com o goleiro Domínguez vencido. Aos sete, Pará quase marcou, em chute de fora da área. Na sequência, Souza também teve sua chance.

Edgardo Bauza entendeu o momento ruim de seu time e chamou Saritama. Só que o técnico retirou o argentino Vitti, xodó dos torcedores, e foi xingado. A mudança não fez efeito. O Grêmio continuou consciente e Souza acertou o travessão com um cabeceio, a 14 minutos. Vargas também fez a sua parte. Desconheceu o cansaço e a altitude e assustou a defesa da LDU com suas arrancadas. A 22 minutos, fez bom passe para Moreno, que desperdiçou.

Tranquilo durante quase todo o jogo, Luxemburgo só perdeu a calma aos 28 minutos, quando Marcelo Grohe demorou-se no aquecimento para entrar no lugar do lesionado Dida. O pior viria a seguir, quando a LDU fez 1 a 0, com Feraud, sem que Grohe completasse sequer 10 segundos em campo.

O Grêmio se atirou a frente para buscar o empate. Eduardo Vargas puxou bom contragolpe, tocou para Tony no lado direito, que cruzou para Moreno, que tentou um voleio, mas não alcançou a bola. Em seguida, Zé Roberto cruzou para o camisa 9 na área, que errou o cabeceio. Aos 45 minutos, Fernando acertou um chute de fora da área na trave. Mas o placar seguiu com vantagem equatoriana até o final do jogo.

 

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