A ponderar

Livramento precisa acreditar mais na retomada de seu caminho rumo ao desenvolvimento. O achismo pessimista e o desinteresse predatório precisam ter fim, assim como a ilógica vaidade dos pais das crianças que não crescem. O ano é 2013 e pode ficar na história da cidade como um período de retomada. De transformação. Não se trata de estimular motivação, apenas de constatar o que é possível. Há muitas falhas, muitos erros, sim! Porém, também existe muita vontade e desejo de realizar e empreender. Isso vale para o setor público e para o privado, havendo a veemente necessidade de uma propagação de situação vírus, ou seja, contaminando positivamente as pessoas.

Posturas, atitudes e pensamentos diferenciados vêm consignando essa nova realidade, apesar de algumas resistências de um grupo de cabeças que não deseja mudar o estado de coisas desta cidade. Os setores estão registrando melhoria e a economia se movimenta, por exemplo, com bovinos, ovinos e equinos, reerguendo a força da pecuária que vem sendo gradativamente construída.

No comércio, uma primeira campanha de liquidações, avassaladora em termos de preços, embora com uma adesão que pode ser melhorada e preços que podem ser ainda mais reduzidos em algumas situações. O mercado está dizendo o que precisa e cabe aos santanenses proverem condições de atendimento a essas demandas.

Não virá de fora “a solução” ou “o grande salvador”. Não será “o cara” para tirar Livramento da situação grave em termos de trabalho, renda e geração de riquezas. São os caras, os próprios locais.

As lavouras vêm sendo desenvolvidas, o mesmo valendo para o mercado da genética, que se refere à prática produtiva de animais de alto padrão, evidenciando estar de acordo com aquilo que os diferentes compradores desejam.

Livramento vem solidificando sua posição em termos de importância e, mais especificamente, no que se refere ao grau de oportunidades para a efetivação de vários negócios, com os planos para a energia eólica é prova disso. É de se raciocinar não apenas no sentido real de compra e venda, mas de exibição dos produtos e, sobretudo, das potencialidades que vêm sendo registradas ao longo dos meses. Desenvolvimento é uma palavra que sugere continuidade, a exemplo daqueles ditados populares: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, ou de grão em grão a galinha enche o papo.

Água, pedra, pecuária, agricultura, vento, comércio, turismo rural, enfim, são as referências produtivas que precisam, mais do que estímulo, solução qualificada de continuidade. Essa, mais do que uma assertiva, é uma lógica ao se observar as questões locais com olhos de outros pagos, com embasamento naquilo que é possível empreender, está claro que o município – não se refere à prefeitura, municipalidade, mas o conjunto da comunidade, a coletividade, a sociedade, por intermédio de todos os cidadãos, que, desprovidos de interesses outros – englobem de forma associativa soluções práticas para as questões locais.

É possível visualizar que o crescimento está, acima de tudo, nas atitudes das pessoas. “Gerar oportunidades de trabalho é um fardo que pode ser carregado, desde que existam vários lombos para suportá-lo” – já dizia um orador há tempos. Serve perfeitamente para a Sant’Ana do Livramento de hoje que pretende construir, de forma concreta, solidificada e, sobretudo, continuada, de amanhã.

E o detalhe que ainda sequer foi mencionado neste texto e que está caindo de maduro: o número de turistas que por vontade própria chegam a Livramento, todos os dias, com a intenção de fazer compras em Rivera.

No momento em que houver percepção disso, aí, sim, ninguém segura Livramento.

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