Há negociação e planta do São Paulo poderá retornar ao funcionamento

Planta frigorífica do Bairro São Paulo poderá voltar a funcionar, caso negociação seja concretizada

Interessados estiveram em Livramento no sábado, olharam as instalações e deverão apresentar proposta em juízo

Nos últimos dias, foi crescente, nas comunidades do Armour e São Paulo, a expectativa em torno do que poderia ser uma retomada para as operações no frigorífico do bairro São Paulo. Fechada há vários anos, a planta estaria em condições de operacionalidade e o momento é de expectativa, justamente em função do interesse manifesto por parte de dois potenciais aquisitores. Informações colhidas junto à comunidade residente nas imediações apontam que houve uma movimentação na manhã de sábado com um dos interessados, o segundo. O primeiro já teria apresentado proposta em juízo, teria recebido contraproposta e ainda não teria dado a resposta. Outro esteve em Livramento no último sábado, acompanhado de um grupo de técnicos e deverá analisar, com seu departamento jurídico, o envio de proposta à Justiça – Comum e Trabalhista – a fim de potencializar a concretização de negócio.

O fato é: há negociações. A solucionar: as questões legais, já que existem dois processos sendo um em âmbito cível e outro trabalhista.

Na manhã de sábado, as instalações da planta do antigo Rio Guaíba – pertencente à Cooperativa – foram checadas pelo empresário Helio Luiz Alves, que comprou o complexo do Frigorífico 3C, de Rio Pardo, como pessoa física e assumiu o patrimônio pela dívida, avaliada em R$ 200 milhões.

Uma primeira proposta, apresentada anteriormente, sugeriria o pagamento de 100 parcelas, por parte de um investidor, cujo nome não foi divulgado, porém, que atua em Brasília, sendo proprietário de uma rede de agências lotéricas. Teria havido uma contraproposta de parte dos sócios da Cooperativa Regional Rural Santanense – a quem pertence a área: o pagamento deveria ser de 40% do total e o restante em 60 parcelas. Não houve resposta, ainda, a essa contraproposta e ninguém acusa se houve desinteresse ou não.

Agora, de parte do atual interessado, há o aguardo de que faça uma manifestação oficial ao juízo.

Em tese, o valor seria de pelo menos R$ 12 milhões pelo complexo de 20 mil metros quadrados de área construída, mais 80 hectares.

O interesse seria receber a área quitada, cumprindo com as dívidas processuais que abrangem a massa falida do Rio Guaíba e as questões trabalhistas pendentes.

O ponto positivo em favor do segundo interessado é de que fez a aquisição da planta em Rio Pardo, no valor de R$ 200 milhões e, pela de Livramento, além da quitação de todos os valores no ambiente judiciários teria que investir em torno de US$ 1,5 milhão de dólares para colocar a planta em pleno funcionamento, ao passo de que a previsão inicial seria ao redor de US$ 4 a 5 milhões.

De parte dos credores, em geral, o interesse é de que haja venda casada, a fim de garantir o fim de todos os débitos. Ou seja, área de 80 hectares e área construída.

Também teria havido manifestação por parte do segundo interessado de abrir as portas com a maior brevidade possível, entre fevereiro e março. 

O que diz o Prefeito 

O prefeito Glauber Lima disse, ontem, que há negociação, porém, não pode detalhar. Informa que em companhia de seu secretário de Agricultura, Carlinhos Fernandes, e do presidente da Associação e Sindicato Rural, almoçou com o grupo de visitantes após uma visita às instalações da planta no sábado. Dois são cariocas e Helio Alves é o principal investidor. O mandatário afirma que após manifestar o desejo de que a negociação se concretize e o investimento se efetive, disponibilizou, inclusive, o município no sentido de prover estímulos e formatar parcerias. “Eles realizaram a medição da área, fizeram checagens, estavam com técnicos do setor, almoçamos e manifestamos nosso desejo de que tudo se resolva com a concretização do negócio” – disse Glauber, deixando claro que não tem qualquer interferência no processo e que está preocupado que não seja causada uma falsa expectativa na comunidade.

Tem razão o Prefeito: possibilidade não deve ser entendida como concretização, pois são muitas as variáveis que precisam ser levadas em conta. Agora, é esperar o que vai ocorrer, pois, depois dessa vistoria os interessados que estiveram no frigorífico sábado deverão encaminhar proposta para avaliação, após análise junto com seu departamento jurídico.

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