Palmas!

Quando o tempo marca 76 anos de presença constante, efetiva, voltada para um objetivo social e cultural, associado aos temas de interesse comunitário, é preciso comemorar. A celebração pode conter alguns elementos históricos, resgatando o passado de trabalho, construção, conquistas e dificuldades, certamente deixando passar – como é de praxe – alguns desses momentos, pois faz parte do processo tanto o esquecimento, quando o desaparecimento de dados e informações que, num momento de cochilo, se perdem. Está certo que não é uma idade tão avançada assim como se possa pensar num primeiro momento, pois há a questão da longevidade enquanto elemento de base a partir da qualidade oferecida, mas esse é um outro assunto.
Quantas gerações ao longo dessas passaram. Outras tantas continuarão, pois é preciso compreender que as pessoas passam, mas as instituições, os nomes, as marcas, ficam. Até podem se perder no tempo em algum ponto entre o passado remoto e o futuro distante, mas estiveram ali, foram autores, co-autores, partícipes tantos quantos operaram, quanto aqueles que em algum momento colaboraram, mesmo que de maneira pouco recordável.
São tantos meses quanto uma pesquisa de uma vida. O papel central na sociedade não mudou tão radicalmente quanto se poderia imaginar ante a modernidade. Pelo contrário, informar a população de todo e qualquer acontecimento e até mesmo sair em defesa dos interesses da sociedade, agindo assim, como um órgão fiscalizador, mesmo incorrendo no equívoco de ser confundido com um quarto poder.
A Plateia está completando 76 anos hoje, 10 de janeiro. Veículo de comunicação social. Vale recordar o que disse o falecido papa João Paulo ll, em junho de 2000, a um grupo de donos de meios de comunicação de todo o mundo: “(…) Com sua influência vasta e direta sobre a opinião pública, o jornalismo não pode ser só guiado por forças econômicas, lucros e interesses pessoais. Deve, ao contrário, ser encarado como uma missão, até certo ponto sagrada, realizada com o entendimento de que poderosos meios de comunicação foram confiados aos senhores para o bem geral”.
É exato o sentido que a autoridade católica ponderou. Um sacerdócio ou uma missão sagrada.
Uma manifestação empata de vontade coletiva. Um anseio. É possível dizer que um veículo de imprensa traz forças para as pessoas, luta para que as sociedades que não são democráticas passem a ser, e contribui para as que já são serem de forma efetiva, pois, quanto mais livre for a imprensa, maior a possibilidade de produzir informações com qualidade e isenção. Quanto mais combativa, buscando o fato, tal como ele é, tomando como suas as bandeiras de uma coletividade, visando o bem geral e a concretização de aspirações de uma sociedade, mais imprensa se torna.
A Plateia é, desde 1937, imprensa. Faz imprensa de qualidade em busca de qualificar o aperfeiçoamento. Busca, por intermédio das pessoas que a produzem, dando seu melhor a todo o segundo, a todo o fato, simplesmente fornecer sua parcela de contribuição com o conjunto social. Faz sua parte, mesmo que muitos rejeitem reconhecer que é isso, ainda que outros entendam diferente, em que pese uma minoria buscar o cerceamento da liberdade de divulgação e de acesso à informação plena por parte da cidadania.
A Plateia chega a 2013 com fôlego de guria nova, tentando que a comunidade perceba que é nela própria que reside a perspectiva de transformação; que é na união do coletivo que se concretizam aquelas ideias que tantos consideraram utopia.
Esse é o conceito de jornal moderno. De imprensa moderna, que não precisa concordar ou discordar deste ou daquele; precisa tão somente mostrar as coisas como são, da forma como ocorrem; os protagonistas conforme estão, segundo agem.
Portanto, no aniversário de A Plateia, as palmas são para a cidadania, que faz o jornal há 76 anos, elevando-o já há algum tempo a posições como o título de 6º melhor do Estado, incluindo grandes jornais, conquistado na metade dos anos 2000.

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