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DILMA NÃO GOSTOU 

 

Não estão boas as relações do Palácio do Planalto com a CBF e a FIFA. A grande festa do sorteio dos jogos eliminatórios da Copa de 2014 começou na sexta-feira à noite com um jantar da cartolagem com patrocinadores e dos promotores do evento. Ricardo Teixeira não podia estar mais feliz e sorridente, bem diferente do dia seguinte quando, na presença de Dilma Rousseff, não falou nem sorriu. 

 

Tão logo acabou o sorteiro, no sábado, Dilma Rousseff voltou para Brasília sem esperar pelos tradicionais cumprimentos e rapapés dos áulicos de sempre. Entre estes, governadores e prefeitos. É que Dilma não gostou de ver um pedido do Palácio do Planalto recusado pela FIFA e pelo COL (Comando Organizador Local). 

 

O setor de imprensa do Planalto pediu 80 credenciais para os jornalistas que fazem a cobertura diária das atividades da Presidência, mas houve uma recusa dos organizadores da festa com a negativa de credenciamento para os jornalistas da Rede Record e do SBT. 

 

A justificativa para não dar credenciais aos repórteres das duas redes de televisão foi que a FIFA tinha um contrato com a Rede Globo, proprietária da Geo Eventos (junto com a RBS) e que a exclusividade era da emissora dos Marinho. 

 

Dilma Rousseff ficou irritada e todo o grupo palaciano entendeu que a negativa das credenciais era uma retaliação de Ricardo Teixeira contra a Rede Record que tem exibido reportagens mostrando o presidente da CBF bastante enrascado com irregularidades ligadas aos negócios do futebol. 

 

Que a FIFA, o COL e a Rede Globo tenham suas preferências e parceiros, isso foi admitido pelo Planalto, mas a irritação do Planalto se fixou no direito que todos os veículos tinham o direito de acompanhar uma missão presidencial, no caso o evento no Rio de Janeiro. 

 

A maneira como Planalto enfrentou o caso é elogiável. Primeiro, marcou uma entrevista coletiva com Pelé, na véspera do sorteio, no Museu de Arte Moderna, fora da “zona de exclusão” da FIFA, do COL e da Globo. Depois, a própria Dilma Rousseff só ficou no evento o tempo protocolar necessário, retirando-se logo após.
A soberba dos organizadores (FIFA, COL e Geo Eventos) deixa prever que muitos outros atritos irão ocorrer até junho de 2014.

 

 

 

NATAL LUZ (1) 

 

O prefeito de Gramado Nestor Tissot está em conflito aberto com o Ministério Público do RS que resolveu investigar possíveis irregularidades no famoso evento municipal, o Natal Luz. Nesta segunda-feira, Tissot editou uma portaria nomeando os três promotores responsáveis pela denúncia (Max Guazzelli, Antonio Képes e Ádrio Gelatti) como organizadores do Natal Luz de 2011. 

 

NATAL LUZ (2) 

 

Mesmo valendo-se de um ato de sua competência, o prefeito Nestor Tissot quis fazer uma ironia para mostrar que entregava a organização do Natal Luz para quem denunciava o que parece ser uma negociata que já faz algum tempo é comentário corrente em Gramado. 

 

NATAL LUZ (3) 

 

O prefeito Nestor Tissot tinha até o direito de se defender politicamente diante das acusações do MP. Mas a ironia da nomeação dos promotores caberia numa entrevista coletiva onde há sempre um bate-rebate e argumentação de cunho político. Jamais num ato oficial. 

 

NATAL LUZ (4) 

 

Diante da repercussão, o prefeito Nestor Tissot alegou que não sabia do impedimento legal dos promotores ao editar a portaria. Talvez não soubesse mesmo, mas a sua assessoria jurídica tinha o dever de alertá-lo para a impossibilidade de um ato como o daquela natureza.

 

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