“Não podemos distribuir recursos que ainda não existem”. Edson Lobão, ministro de Minas e Energia, sobre a idéia de o Pré-Sal financiar o déficit da Saúde Pública

O PAÍS DOS BANQUEIROS

Nenhum país é tão generoso com o seu sistema bancário como o Brasil. Aqui bancos quebram como em qualquer lugar do mundo, mas sempre aparece um jeitinho para evitar que os banqueiros fiquem mal na foto. Claro, alguns vão para a cadeia, mas só mesmo quando a falcatrua é demais e o escândalo vira caso de polícia.

O assunto econômico desta semana foi a notícia sobre o desconto que o Banco Central deu a bancos que foram à falência na década de 90, no século passado. Os bancos Econômico, Nacional, Mercantil e Banorte em liquidação pelo Banco Central estavam devendo R$ 61, 705 bilhões, conforme cálculo no final de 2010. 

Em negociações através do Refis da Crise (programa especial de parcelamento de dívidas com o governo), os bancos ganharam um desconto de R$ 18,6 bilhões, reduzindo sua dívida de R$ 61,705 bilhões para R$ 43,048 bilhões.

Tal desconto, no entanto, é contestado pelos bancos devedores. Eles querem que o abatimento da dívida seja de R$ 25,186 bilhões e não “apenas” R$ 18, 6 bilhões. O Banco Central não aceita a argumentação e de acordo com o seu procurador-geral Isaac Sidney as contas estão certa e “BC não está fazendo acordo, mas apenas aplicando a lei”.

Isaac Sidney disse que esses “bancos quebraram por má gestão, alguns por gestão fraudulenta e não faria sentido o poder público conceder mais benefícios”. Na verdade, pelo menos os bancos que quebraram por “gestão fraudulenta” não deveriam ter qualquer benefício do governo, muito menos o Refis.

Vá lá que os bancos quebrados por “má gestão” tenham o benefício de um parcelamento de sua dívida através do Refis, jamais, no entanto, os fraudadores deveriam ser equiparados aos maus gestores.

Em qualquer país do mundo, fraudadores do mundo financeiro perdem seus iates, mansões, obras de arte, fazendas e haras, ganham um uniforme laranja e passam a fazer suas refeições de maneira coletiva em locais seguros conhecidos como penitenciárias.

Está na hora de o governo cobrar essas dívidas fantásticas de homens que se aproveitaram de centenas de milhares de correntistas e poupadores. Talvez a Saúde Pública não estivesse precisando de uma nova tributação…

FEIJÃO TRANSGÊNICO (1)

Vem aí para a mesa dos brasileiros o feijão transgênico. No próximo dia 15, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) vai decidir sobre a liberação da primeira variedade de feijão geneticamente modificado, desenvolvido pela Embrapa.

FEIJÃO TRANSGÊNICO (2)

A pesquisadora da Embrapa Marília Nutti disse recentemente que o feijão resistente ao vírus do mosaico dourado (uma praga que ataca o feijão plantado atualmente) vai provocar impacto entre os pequenos produtores que não terão mais a preocupação com a quebra de 50% na produção.

GARANTIA DA EMBRAPA

Os pesquisadores da Embrapa já trabalham em outros alimentos como mamão, batata e arroz mais resistentes, transgênicos ou melhorados de maneira convencional. A Embrapa garante que todos os alimentos que podem ser modificados geneticamente tem qualidade e segurança, pois são testados, em média, cinco anos antes de sua aprovação para colocação no mercado consumidor.

RIO VIOLENTO

Os últimos incidentes no Rio de Janeiro poderão provocar a queda do secretário José Mariano Beltrame, da Segurança Pública. Ele poderá ser substituído por um general da ativa. O Exército não vai mais tolerar os desafios e os atos audaciosos dos traficantes. O caso carioca está deixando de ser uma questão de segurança pública para se tornar um caso de segurança nacional.

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