MENSAGEM AOS PEEMEDEBISTAS – DIREITO DE RESPOSTA – JORNAL A PLATEIA PMDB: SIM À GOVERNABILIDADE OU “OPOSIÇÃO BURRA”?

É hora de decisão e ação no PMDB santanense.

Informo inicialmente aos filiados, que a reunião requerida para o dia 11 passado foi transferida para a próxima data de 18/12 na sede do Partido, Rua General Câmara esquina Conde de Porto Alegre, no horário normal (18 às 19 h), pelo que se dá ciência à Direção.

Cumprindo esclarecer que a transferência da reunião deveu-se a dois motivos:

1º) A manifestação anti-ética do atual presidente Sílvio Vares, na reportagem do jornal A Plateia de 11/12, dizendo inverdades e procurando intimidar e confundir filiados e lideranças do Partido, com manifesto propósito de esvaziar a reunião;

2º) O fechamento antecipado da sede às 18h40 pelo presidente, após pequeno atraso de 10 minutos, negando-se a reabrir o Partido mesmo com a presença de vários filiados e retirando-se a seguir com a chave, em mais uma manobra para cercear as manifestações legitimas e democráticas dos filiados.

Em face a estes atos inadequados a um presidente, acumulados às dezenas deste seu reingresso ao PMDB em 2003 pela porta do meu escritório, onde juntos a um grupo de filiados e à atual Vereadora Carine, criamos a Chapa 1 “Ética e Renovação” vencedora nas Convenções Municipais daquele ano e até ao presente no Poder, estarei realizando os seguintes atos na próxima reunião do dia 18:

1ª – Comunicação de desligamento da referida Chapa 1 “Ética e Renovação”, a qual ajudei a criar, com objetivo de dinamizar o Partido e implantar a ética preconizada pelos Estatutos do Partido, objetivos estes até o presente frustrados ;

2ª – Requerimento de ingresso na Chapa 2 – “PMDB Unido e Forte”, junto com os companheiros que queiram ingressar, dando início à reativação da mesma e suspendendo criação de nova chapa – “PMDB Santanense”;

3ª – Requerer nova manifestação das principais lideranças do Partido, as quais já tinham se manifestado em favor da governabilidade, quais sejam: Cláudio Coronel, Hanney Cavalheiro, Jason Flores, Gislaine Grecellé, Iraci Zart, João Moura, o ex-candidato Romário, os demais candidatos, outras lideranças e filiados que desejarem se manifestar;

4ª – Requerer nova manifestação da Vereadora Carine Frassoni e do presidente Sílvio Vares, os quais, após o posicionamento das citadas lideranças em favor da governabilidade, afirmaram na ocasião “que respeitavam a posição majoritário do Partido”, “pró-Glauber”, ressalvando-se que não há notícia de que a Vereadora tenha descumprido com a palavra, o que lamentavelmente, como se observa, não é o caso do presidente Sílvio;

5ª – Requerer a demissão ou afastamento do atual presidente Sílvio Vares, cuja posição à frente do Partido, salvo melhor juízo, tornou-se insustentável perante à governabilidade com a participação do PMDB, caso ocorra, em face às suas notórias ingerências, agora culminadas com suas manifestações na imprensa, incompatíveis com a ética política.

Onde de início afirma, referindo-se ao PMDB, que “a agremiação política permanece como oposição”. Contradizendo-se a seguir, afirmando que “fez questão de dizer que não houve fechamento de questão em relação a qualquer tema ainda”. E, finalizando, em relação à discussão interna da governabilidade, com a afirmação mentirosa e tendenciosa, de que “Não houve qualquer conversa, não houve qualquer reunião, não pode ter havido fechamento de questão.”…

Como, “não houve qualquer reunião”? Houve sim, e com manifestações contrárias à sua posição, que é ideológicamente anti-petista. Tanto que o próprio presidente e a Vereadora Carine declararam na ocasião, que “acatariam o entendimento majoritário do Partido”, que é de apoio à governabilidade, dando-se por sacramentada a questão e ficando apenas em aberto a forma do apôio ao Governo (incondicional ou mediante cargos e Secretarias).

Na reportagem despropositada, cita também meu nome e “existência de grupos apócrifos” no Partido, “que jamais poderiam corresponder a um posicionamento partidário.” Que grupos são estes? Serão o ex-candidato Coronel, os novos vereadores eleitos e as outras lideranças do Partido que se posicionaram majoritariamente pró-governabilidade? Requer-se que o presidente Silvio Vares esclareça isto aos peemedebistas, na reunião do dia 18/12…

E para surpresa geral, aproveitando-se da porta de escape que deixou aberta (indefinição das condições do apôio ao PT), o presidente Vares, habilmente, condicionou a negociação “a ser procurado pelo PT com oferta de Secretarias e cargos”, coisa que ele sabia improvável, em face à notória e mútua rejeição.

Apropriando-se das negociações, sem nomear representante, deixou transcorrer “in albis” o prazo da aproximação (que ele sabia que jamais viria do PT, face à rejeição), manobrando assim, de propósito, para evitar a aproximação por ele indesejada. “Esquecendo-se”, após, da orientação partidária e forçando o encaminhamento do PMDB para onde ele queria, ou seja, na Oposição… (!)

“Oposição burra” do presidente? Não! Oposição muito esperta, porque assim “mata vários coelhos de uma só cajadada”, entre outros:

1º – Neutraliza a candidatura de Cláudio Coronel, que talvez estivesse ficando ‘perigosa’ por lançar-se a deputado, o que atrapalha seu projeto básico de lançar a Vereadora Carine à deputada estadual, em dobradinha com alguns destes candidatos “paraquedistas” da Metade Norte a deputado federal (Feldes, Brum, Biolchi, etc.);

2º – Dificulta candidaturas locais do PT (Emília, Elifas, etc.) em dobradinha com Coronel e outros locais, inviabilizando o sonho do “voto distrital misto”, inclusive na nossa região, já conhecida como “O Quadrado da Exclusão” (Livramento-Quaraí-Rosário-D. Pedrito). Frisando-se que, em tese, Livramento tem QE (quociente eleitoral) para 2 deputados estaduais e 1 federal – índice este que pode ser duplicado juntando-se as 3 outras cidades;

3º – Abre assim caminho, após a frustrada eleição de Coronel à Prefeitura, para retôrno ao seu projeto político inicial como “tutor político” e principal “cabo eleitoral” da Vereadora Carine, “lixando-se” para a governabilidade local e preparando-se já, para as revoadas dos deputados paraquedistas que estão chegando, em cobrança de apôios de campanhas e negociações/dobradinhas para as próximas eleições de 2014, sendo que a “gestão Vares” transformou a sede do PMDB local numa espécie de “cavalo de Tróia” para estes políticos paraquedistas da MN, inviabilizando totalmente a nossa representatividade via pulverização de votos. Sendo de requerer-se ao TRE a proibição de candidaturas alienígenas, provado o prejuízo à representatividade e à economia local (é o voto distrital misto). Por que não?

Cumprindo ainda destacar, por final, aos filiados peemedebistas e à Opinião Pública em geral, que as presentes análises e questionamentos extrapolam às questões internas do Partido, haja vista que afetaram e afetam na íntegra as últimas eleições e o quadro político eleitoral local.

Senão vejamos:

1. Conforme já dito, caso houvesse coligação entre PMDB e PP, o Prefeito hoje seria Cláudio Coronel e o Vice, Sérgio Oliveira. A coligação não saiu, principalmente porque a Senadora Ana Amélia passou mel no ego do seu candidato e em face à rejeição do PP em relação ao presidente do PMDB;

2. Caso houvesse coligação entre o PT e o PMDB, não necessariamente nesta ordem, o Prefeito hoje seria Glauber ou Coronel. Não havia rejeição entre estes candidatos, que são amigos. Nem entre PT e PMDB, que não possuem maior divergência. A coligação não saiu, nem no processo eleitoral, nem até agora na governabilidade, em razão da mútua rejeição entre o PT e o presidente do PMDB;

3. Vê-se, por este entendimento, que o principal elemento desagregador, nas eleições, em relação à qualquer destas possíveis coligações, foi o presidente do PMDB;

4. Observe-se que no atual processo da governabilidade, necessário porque o Governo eleito elegeu-se sem a indispensável maioria para garantia da governabilidade técnica e política, quem está novamente no centro de tudo, prejudicando a composição da governabilidade? Ora, é ele de novo, o presidente do PMDB…

Tratam-se pois, de fato, questões de Ordem Pública que afetam as eleições, a governabilidade e a vida de toda a comunidade, justificando a presente explanação/contraponto, tanto interna ao Partido, como pública.

Vamos em frente: que fiquem as lições e volte a paz nos Partidos e na cidade. Amém

Santana do Livramento, 16/12/12

Adm. ADRIANO ZART

(Membro do Diretório Municipal do PMDB)

*Requerida publicação como direito de resposta – reportagem edição de 11/12/12 página 5

 

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