Diálogo com as cadeias produtivas

Desde que assumimos como secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio definimos que a busca do diálogo construtivo com todas as cadeias do setor primário seria a nossa principal meta. Assim, reativamos as câmaras setoriais e temáticas já criadas e criamos novas, para que se constituíssem neste espaço privilegiado de debate franco em busca da identificação dos problemas e de criação de propostas de políticas públicas ou privadas que apontassem propostas de soluções para o fortalecimentos das cadeias produtivas ligadas ao meio rural. As experiências que obtivemos com câmaras como a da carne, do leite, da vitivinicultura, arroz e tantas outras nos dão a certeza de que escolhemos o melhor caminho, a maioria deles definido em seminários de planejamento estratégico. Por entender que este instrumento é importante para o fortalecimento de nossas cadeias produtivas, instalamos, nesta semana, mais duas câmaras setoriais, em atos realizados no Palácio Piratini.

Bebidas regionas

Uma delas é a das Bebidas Regionais. Hoje temos no Estado cerca de 3,5 mil alambiques em funcionamento, produzindo algo em torno de 15 milhões de litros. Destes, pouco mais de mil são conhecidos das autoridades, mas apenas 46 têm registro no Ministério da Agricultura. No que diz respeito à produção artesanal de cervejas, a estimativa é de que 35 microcervejarias atuam na formalidade. Os números nos dão a dimensão da importância de atuarmos em conjunto para organizar o setor, que reclama da pesada carga tributária. É fundamental conhecer em profundidade quem são, o que e quanto produzem para que possamos utilizar os instrumentos do Estado para garantir a qualidade da produção, ampliar os mercados e buscar a redução dos custos para que os produtores obtenham mais renda. Para estes segmentos, inclusive, há boas perspectivas de exportação.

Agora vai

Também instalamos a Câmara Setorial da Olivicultura. Lembro que, quando prefeito de Bagé, participei, a convite do gabinete do Presidente Lula, dos primeiros contatos com a comunidade italiana para atrair parcerias visando investimentos que auxiliassem a retomada da olivicultura, atividade que já teve, nas décadas de 50/60, tentativas de enraizamento no Estado, que dispõem de regiões propícias ao seu desenvolvimento. Hoje, o Brasil é o maior importador de azeite de oliva, em que pese o baixo consumo per capita, dez vezes menor do que o verificado na Europa. Nosso Estado, maior produtor nacional, já extrai o óleo. Temos um grande potencial, especialmente na metade sul. Já temos cerca de 600 hectares ocupados com esta cultura e a previsão é de que venhamos a atingir mais de 900 em 2013.

Um fundo para o mate

Um dos resultados práticos foi a proposta de criação do Fundo Estadual de Desenvolvimento da Erva Mate, encaminhado à Assembléia Legislativa para apreciação dos deputados e que deve ser votado na próxima semana. O fundo, de caráter público, constituído com recursos públicos e privados, foi inspirado no Fundovitis, órgão financiador de políticas para o desenvolvimento do setor vitivinícola, que já possui cerca de R$ 10 milhões de reais para investimentos em 2013. Nossa idéia, discutida e legitimada por todos os segmentos que integram a Câmara Setorial da Erva Mate, é garantir recursos para desenvolver pesquisas, fomentar projetos, investir em assistência técnica e outras medidas que garantam qualidade à produção gaúcha.

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