Um novo desfile?
Andradas, 7 de setembro. Desfile militar-cívico, já que em Livramento, ao contrário da maioria dos municípios, em vez de encerrar a parada, o Exército abre o desfile. Civis, em maior número, desfilaram a seguir. Disparidades de tempo e falta de colorido nacional – substituído pela cor preta – foram algumas das constatações, sem falar no tempo de duração, quase 7 horas – durando mais, inclusive que o desfile farroupilha. É preciso organizar mais, desde o protocolo oficial – evitando erros doloridos ao ouvido, como pronunciar Landell como Landél (com acento – inexistente – no “e”), horários, divulgação prévia do que está programado e, sobretudo, ouvir a comunidade.
É preciso repensar as participações nesse evento que simboliza a exaltação à independência da Pátria Brasil, pois, ao que parece, o sentido de festa, de forma democrática, foi perdido, permaneceu em algum lugar do passado, deixando que uma cerca monotonia melancólica – segundo a compreensão do público – tomasse conta.
Tradicional, entretanto, o desfile de 7 de setembro pode, tranquilamente, ser aproveitado pela cidadania para celebrar e, de forma mais ousada, com um raciocinio lógico, caso fosse possível sonhar, até como elemento turístico. Imagine o leitor um bem formado concurso de bandas, com premiações e inclusive, bandas convidadas, como estímulo. Imagine um desfile temático com representações ao longo do percurso, contando, por exemplo, a História do Brasil. Imagine uma competição de elementos decorativos nos elementos utilizados dentro dos temas propostos.
São possibilidades ou sonhos. Para alguns, entretanto, mais conservadores, absurdos escritos. Para os mais progressistas, entretanto, “uma viagem”.
Para quem é brasileiro, gaúcho, santanense, de forma legítima e lúcida, olhando para o futuro com a consciência de que este nasce no presente, apenas uma forma diferenciada de, democraticamente e voluntariamente, homenagear a Pátria, festejando-a com a essência que a cidadania inspira.
Para se pensar…
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