Agora é o Partido de Sant’Ana

Eleições já passaram. Findou o período de encontros de debate entre as propostas. Agora é o Partido de Sant’Ana, que deve oferecer a égide para todos quantos queiram participar ativamente, como protagonistas do desenvolvimento do município, proporcionando condições efetivas de que as pessoas, independente de suas condições, tenham seus direitos assegurados no que tange aos serviços e políticas públicas promovidas ou estabelecidas pela municipalidade, ao mesmo tempo em que as lideranças políticas precisam esquecer toda e qualquer vaidade no combate efetivo aos obstáculos que impedem a concretização da transformação econômico-social e cultural que a cidadania necessita, a fim de que as gerações atuais, em formação, bem como as futuras, não precisem deixar a cidade para progredir.

Há quem possa criticar Glauber Lima a partir das negociações com os partidos políticos que concorreram com ele na eleição de outubro passada. O fato de PTB e PDT estarem mais próximos do futuro governo do que os outros sintetiza uma lição.

E ela precisa ser aprendida por aqueles que são essencialmente guardiões do partidarismo. O desenvolvimento se dá pela união sintonizada e honesta de esforços individuais em prol do coletivo, com o coletivo de agentes agindo em prol da totalidade de uma comunidade. O próprio atual prefeito, Wainer Machado, está também fazendo sua parte, alertando e mobilizando em relação às questões financeiras da prefeitura. Vai deixar uma herança de caixa vazia para os seus sucessores. Não porque deseje que seja assim, mas porque as circunstâncias impelem essa realidade.

Ou seja, ele entende que perdeu uma eleição, não fez seu sucessor – Nelmo Oliveira – mas quer que Livramento dê certo.

Da mesma forma, Glauber Lima e sua equipe demonstram que o futuro governo assimilou muito bem as lições de seu correligionário, Lula, no que tange a formatar uma situação de governabilidade na busca de transformar a realidade. A linha é tênue entre ceder e deixar-se subordinar, é verdade, mas quem não consegue compreender que diplomacia é fundamental para a política, quem não entende que as adversidades são para todos e, de fato, não existe condição que privilegie um ou outro para manter-se ou alternar o poder quando o assunto é finanças públicas registra o entendimento de que é o objetivo central, a cidade, que precisa estar no foco.

Glauber Lima sabe muito bem que se fizer um governo de resolver os problemas da cidade, mesmo que seja alguns e não todos, tenderá a ser reeleito se candidato for. Da mesma forma que poderá perpetuar seu partido no poder, sendo condição elementar para isso, geração do desenvolvimento desejado. Ele também sabe que não precisa de aliados ocasionais com interesse apenas no cargo, no salário ou no status.

Germano Camacho, Lídio Mendes e Tatiane Marfetan, vereadores (dois reeleitos e ela eleita) do PTB também demonstram claramente que estão alinhados com o desenvolvimento da cidade e vão trabalhar por ele, em tese, ao lado do futuro mandatário. O mesmo pode ser dito em relação ao PDT, que também negocia com o futuro governo.

Livramento ainda tem ranços, ferrenhos defensores do que o individualismo e o partidarismo preconizam, mesmo que isso signifique somente conquistar o espaço de poder e lá permanecer, sem oferecer a contrapartida para a sociedade. Porém, entenda-se que os exemplos acima citados não fazem parte desse raciocínio, assim como outros que, com certeza, se manifestarão no decorrer dos dias.

O Partido de Sant’Ana sintetiza vontades e interesses coletivos, menosprezando o individualismo egocentrista dos que buscam o poder pelo poder.

 

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