A história sem fim

Baseados no Evangelho de São João, vários autores escreveram sobre a criação do Universo reconhecendo o Verbo, ou a Palavra, como o Princípio Criador de todas as coisas.
Entre esses autores está o escritor católico J.R.R. Tolkien, autor da Trilogia “O Senhor dos Anéis” e do livro “O Silmarillion” onde descreve como o ( nosso ) mundo teria sido criado, dividindo a sua história em etapas chamadas “Eras”.
Quem leu o Silmarillion, de J. R. R. Tolkien, ou assistiu à série O Senhor dos Anéis baseada em sua obra literária, tem uma idéia de como tudo surgiu e como eram os primeiros seres que habitaram o planeta representando o Bem e o Mal e os primitivos lugares , como a fictícia Terra Média (ou Endor) que deu lugar ao atual continente europeu.
A mãe de J. R. R. Tolkien era de família anglicana, antes de se converter ao catolicismo. E pelo fato de ter abraçado a religião católica, quando ela adoeceu, foi abandonada por sua família e acabou morrendo sem recursos, sem tratamento ou atendimento médico.
O escritor, em homenagem a sua mãe, considerada por ele uma mártir da sua fé, converteu-se também ao catolicismo.
Em sua obra, a tese da criação do mundo é a mesma da Bíblia. Em síntese, diz que no princípio tudo se criou através dos sons da Palavra ou do Verbo Criador.
Nesta mesma linha temos o filme “O Cristal Encantado”, de Jim Henson, com roteiro encomendado por ele mesmo, representando o bem e o mal por duas raças: a dos Tatus (Místicos) e a dos Urubus (Skeksis), onde os Tatus eram os sábios representantes do bem e os Urubus os malfeitores, ou representantes do mal. Essas duas raças, vivendo separadas por mil anos, acabam se unificando através da reconstituição do Cristal que se havia partido ao som prolongado de um cântico (ou mantra), dando origem ao homem ou à raça humana, reunindo o bem e o mal num mesmo ser, que se multiplicou e se espalhou pela Terra.
Em outras palavras e com outros personagens, é a mesma história descrita no livro de Gênesis, com os seus sucessivos desdobramentos, todos contidos na Bíblia, através de fatos, símbolos e alegorias. Mas é uma história que tanto no aspecto real quanto no fictício ainda não terminou, porque o próprio Tolkien, falecido em 1973, deixou sua obra inacabada.
Luciano Machado

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