Uma análise pontual

Fez bem o prefeito a ser empossado, atual vereador Glauber Lima, ir a público para anunciar seu primeiro secretário de governo, Fabrício Peres. Demonstra que não teme fazer as revelações que são do interesse da população tão logo sejam efetivamente tornadas as suposições em decisões. Também é uma atitude simpática com a comunidade, deixando claro que é possível mudar a postura dos agentes públicos no que tange a transparência.
Peres, presidente do PT, companheiro de toda a vida política de Glauber Lima, formando em gestão pública, articulador, respira política partidária ao mesmo tempo em que tem trânsito praticamente livre em todas as agremiações partidárias. É também um estrategista que, junto a um grupo de campanha, guindou Glauber Lima à posição de primeiro mandatário. Terá função estratégica no governo que se inicia em 2013 e, o mais importante, é de trato simples, não tendo sido picado pela mosca azul.
A atitude de Glauber Lima, simpática à comunidade, também pode servir como fiel da balança para denotar o entendimento sobre transparência com o novo governo de janeiro em diante.
Claro, há obviedade no entendimento de que as coisas precisam de mudança de atitude pessoal e política no contexto político local. Do individual para o coletivo.
Já passou do tempo em que as reuniões e tratos sobre as questões políticas locais eram realizados em salas, gabinetes e locais secretos, a portas fechadas para impedir que fosse a público esta ou aquela informação. Natural que determinadas questões, que sejam de foro intimo, possam ser omitidas no trato de uma questão, porém, no correr do processo decisório, em se tratando de posição, opinião envolvendo as questões que tratam de recursos públicos, de interesse comunitário, obrigatoriamente precisa ser dado o conhecimento.
A verdade é que o futuro governo está assentado apenas na expectativa. É uma grande interrogação. Ninguém pode saber como será até que seja. Outra lógica. É perceptível a vontade em fazer, mas a esta deve estar acrescida a probabilidade de execução e os meios de executabilidade. Afinal, não devem ser desconsiderados os ritos e trâmites inerentes à Burocracia, por exemplo.
A vez do PT chegou em Livramento e a responsabilidade, sabida especialmente pelos próprios partidários, é muito grande, tanto quanto a expectativa da população.
Corre à boca pequena um comentário que pode sintetizar, de forma muito clara: a atual realidade, o momento: “pode estar começando uma gestão em 2013 sem data para acabar, perpetuando, diante do sucesso como meio, os próximos oito, doze, dezesseis anos, desde que os nomes escolhidos para fazer parte dela não façam parte da velha política, dos agarradores de bandeira pagos, das figuras conhecidas e carimbadas e daqueles que toda vida orbitam em torno de siglas, os quais até podem ser – embora não devam ser -, por dever de compromisso eleitoral, chamados a ocupar funções no governo, porém nunca no primeiro escalão”. Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas e bem filtradas, separando o boato do entendimento real. É uma outra forma do cidadão dizer o que pensa: “Diz-me com quem andas que eu te direi quem és”.
Aí está uma celeuma que afeta algumas administrações. Deixar de ouvir ou ignorar as verdades que a população está colocando, o que, segundo é possível entender pelo discurso da campanha política, nem de longe será a tônica que Glauber Lima imprimirá em sua administração.
Em tese, segundo a repercussão do anúncio, Glauber Lima acertou na primeira escolha. Tanto em relação ao nome, quanto ao procedimento.
São todos esses raciocínios que fazem da política uma ciência, uma arte e, principalmente um meio de relação entre as pessoas.

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