III Feira Binacional do Livro encerra com sucesso de público e vendas

Este ano, as vendas de livros aumentaram 30%, em relação ao ano passado, justificando o interesse do público pelo evento

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Livro, mas para os fronteiriços a data foi festejada de quinta até ontem, com a Feira Binacional do Livro, um sucesso de público e vendas. O modelo da feira adotado este ano, foi muito democrático, segundo Marta Pujol, da Secretaria Municipal da Cultura e responsável integrante da comissão, composta por mais de 20 instituições que organizou a III Feira Binacional do Livro. Em sua opinião a feira cresceu. Ela justifica enumerando que foram mais de 50 atividades relacionadas ao cinema, teatro, música e dança, entre outras. Na feira foram lançados vários livros de autores da fronteira, relacionados ao patrimônio histórico, ecologia, contos, com a participação de escritores a partir dos 10 anos, todos prestigiados pelo público. “A presença do público na feira é o exercício da cidadania através da cultura”, observou Marta.

Público aprova a III edição da Feira do Livro

Marta Pujol, uma das organizadoras do evento.

Quem foi à terceira edição da Feira Binacional do Livro não se arrependeu. Além de livros, o público pode se encontrar na praça, participar das discussões, ter livros autografados, ver filmes, ouvir música e, acima de tudo, respirar cultura.

A doutora Cristina Fervenza, por exemplo, veio à feira pela primeira vez acompanhada da filha, de 10 anos. “Espero que esse evento se multiplique, pois é muito importante essa integração literária. É só por meio da leitura que as pessoas crescem e se educam”. A mesma opinião foi compartilhada pela uruguaia, Sonia Costa, professora aposentada de filosofia, francês e artes que achou fantástica a feira binacional desse ano.

“Foi uma superação se comparada às outras edições, com uma boa infraestrutura, lançamentos de livros de ótimo nível e intercâmbio saudável”. Mas o que impactou a professora foi o Teatro de Rua do SESC e a solidariedade entre os dois povos durante a Feira. Já a policial civil Madalena Zapata passou boa parte da tarde na seção de vendas de livros, acompanhada do filho Gabriel. “No ano passado ele lia um tipo de livro, agora já é outro, mas o importante é que ele lê”, diz Madalena, acrescentando que gostou de ver a feira maior, com mais estandes e bem diversa.

Monitor da Urcamp, Nepomuceno Alves, 19 anos, vibrou com o projeto Compartilhando Letras, que distribuiu quase 10 mil livros. “Ser monitor aqui é um privilégio, pois a gente percebe o interesse das pessoas pela leitura”. Ele sugere que nas próximas edições tenham mais jovens envolvidos e deixa como dica a participação de autoridades, que deveriam apoiar mais, transformando a feira num evento literário dentro do calendário cultural da cidade.

AVALIAÇÃO – O diretor do Departamento de Cultura de Rivera, Herbel Ferreira, analisa de forma positiva o evento, principalmente no envolvimento das 12 instituições integrantes da Comissão Organizadora. “Um dos principais diferenciais dessa edição foi a aproximação das escolas públicas de ambas as cidades, com as apresentações de autores brasileiros por parte dos uruguaios e vice e versa. Foi um símbolo da integração”.

Na maior alegria estavam as meninas Mariana e Beatriz, que na companhia da mãe Débora Secco, tinham escolhido os livros. A menina Beatriz, 08 anos, disse que preferia livros bem grossos e com bastante conteúdo para ler e Marianna, de 05 anos, escolheu aqueles que tinham atividades para desenhar e pintar.

 

 

 

Entre os visitantes, neste domingo, estava o Dr. Marcelo D’Avila, que achou a feira melhor e maior e observou “a feira do livro tem muito potencial e talvez seja única no mundo, que se realiza em dois países ao mesmo tempo”, referindo-se a colocação das barracas que estavam armadas bem no meio do Parque Internacional, na linha divisória.

 

 

A futura primeira dama do município Varinia Lado aproveitou a tarde para comprar livros. “É uma oportunidade de adquirir livros clássicos da literatura brasileira, os organizadores da feira estão de parabéns”- comentou.

 

 

 

Os pequenos Vinicius, Vitória e Caroline do grupo Chilenas de Prata enquanto esperavam para se apresentar olharam os livros. Vinicius gostou do de piadas e resolveu ler para a colega.

 

 

 

Este ano se integraram ao evento, um grande número de universidades; no local destinado a Unipampa estava o professor Paulo Cassanego Jr que  estava expondo a edição feita em conjunto com outros professores e alunos do livro “Planejamento Corede Fronteira Oeste”, lançado em 2010.

 

 

 

Também dentro do segmento universitário, o Instituto Cultural Santanense apresentou os cursos de graduação e especialização oferecidos através da Unip. A estimativa é que em janeiro de 2013 sejam 200 alunos matriculados, segundo informaram Junior e Bebeca.

 

 

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