O que poderia ser feito com US$ 780 mil?

Com certeza, muitos cidadãos do mundo se perguntaram, ontem, o que poderia ser feito de bom com US$ 780 mil, o equivalente a RS 1,6 milhão, valor empenhado com a jovem Catarina Migliorini, 20 anos, que ofereceu a virgindade em um leilão no site da Austrália Virgins Wanted. O vencedor foi um japônes, Natsu, que na véspera do leilão ofereceu US$ 350 mil e nos últimos instantes aumentou o valor, ganhando a disputa. O leilão iniciou em setembro e além da catarinense, o jovem russo Alexander também foi escolhido para participar. Ele pagará US$ 3 mil pela virgindade de um brasileiro identificado apenas como Nene B.

Na Austrália, desde o dia 16 deste mês, a catarinense de Itapema, batizada como Ingrid e apelidada de Catarina, diz ter certeza da escolha. Na véspera do leilão, em entrevista por telefone, afirmou que não levantava expectativas em saber quem seria o vencedor, mas qual seria o maior lance.

Quanto ao valor que receberia, Catarina disse não pensar muito no que fazer com ele, mas que pretendia retomar os estudos, ingressar em uma faculdade de medicina e voltar a ter uma vida normal.

Naturalmente que a grande maioria responderia que este montante “mataria” a fome de muitas crianças que penam pelo mundo inteiro na esperança de um prato de arroz. Ou quem sabe serviria para construir centenas de casas populares para abrigar outros milhares de desabrigados, por infurtuito do tempo, catástrofes ou pela simples exclusão social. Haveria, ainda, aqueles que vibrariam com a construção de clínicas especializadas em tratar os “zumbis” que lotam as ruas de várias cidades do Brasil e que vivem drogados, sem a mínima esperança de recuperação plena.

Com certeza – a expressão cabe bem novamente – as forças de segurança pública poderiam oferecer aos seus contingentes, armamento compatível aos que as quadrilhas utilizam, e poderiam ainda dobrar o número de veículos novos para o tão sonhado patrulhamento ideal no interior dos estados.

O triste de tudo isso é que o povo ainda admite tal situação e torce para que o japonês se saia bem no seu intuito milionário. Esta fração de cidadãos talvez seja a mesma que, ao invés de ajudar uma criança carente, prefere apostar em realitys shows e outras atrações, que desviam a real situação do mundo, seja na Política, na Saúde ou na Segurança Pública.

 

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