Feira Binacional do Livro inicia na próxima quinta-feira, no Parque Internacional

Feira Binacional do Livro tem sua origem em trabalho acadêmico de alunas da Universidade Federal do Pampa e se fortalece com a presença de um número cada vez maior de livreiros, autores e participantes

Da esquerda para a direita, de camiseta branca, as criadoras da Feira Binacional do Livro: Leticia Alves, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores.

Quatro alunas do curso de Administração da Universidade Federal do Pampa (Unipama) – Leticia Alves, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores – criaram o projeto da Feira Binacional do Livro, há três anos. Quem conta como isso aconteceu são as ex-acadêmicas Leticia Alves e Sílvia Flores, hoje formadas e residindo fora da Fronteira. Acompanhe trechos da entrevista sobre a origem da Feira, que neste ano ocorre de 25 a 28 de outubro. 

O que motivou a criação da Feira Binacional do Livro? 

Leticia Alves: Surgiu de um trabalho acadêmico para a disciplina de Gestão de Projetos do curso de Administração da Unipampa. Eu e minhas colegas, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores, queríamos fazer um projeto que fosse possível implementar. Então, dentre as opções que elencamos, a Feira do Livro foi a que nos pareceu mais viável. A partir da definição preliminar da ideia, começamos a trabalhar no projeto, e ficamos surpresas ao constatar que as Feiras anteriormente criadas não tiveram continuidade. Diante desse prognóstico, começamos a rever nossa ideia, tentando encontrar algum diferencial que tornasse possível dar continuidade ao evento ao longo dos anos. Criamos, então, a Feira Binacional do Livro, para englobar os dois países, sendo um ponto de integração cultural. 

Como o projeto saiu do papel? 

Leticia Alves: Com a ideia estruturada começamos a formatar o projeto. Não queríamos apenas uma feira com expositores de livros, mas um espaço cultural que tivesse outras atividades para chamar mais a atenção do público e obter o sucesso almejado. Com parte da estrutura do projeto montada, entramos em contato com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Sant’Ana do Livramento em busca de parceria. Lá, fomos recebidas pela Marta Pujol, que se mostrou muito interessada no projeto e foi nossa maior apoiadora desde o início. Passadas algumas semanas, conquistamos vários parceiros e as reuniões da comissão começaram a ser cada vez mais frequentes. Cada parceiro contribuiu com uma atração da feira e, no fim, tínhamos uma programação com várias atividades que aconteciam simultaneamente. Iniciamos o agendamento das escolas para as atividades com cerca de um mês de antecedência, e ficamos surpresas com a demanda. A feira já era um sucesso. 

O evento conquistou o espaço que vocês haviam planejado? 

Leticia Alves: A mensagem que este projeto nos deixa é de que é possível realizar projetos unindo dois países distintos, com culturas e idiomas diferentes, com poucos recursos. O resultado pode ser surpreendente. 

Quais as expectativas para a edição desse ano? 

Silvia Flores: São as melhores possíveis, percebo que a cada ano a Feira está reunindo cada vez mais colaboradores, pessoas dispostas a trabalhar, unidas em busca da inserção da cultura nesta terra tão especial. 

De que depende a manutenção da Feira? 

Silvia Flores: É preciso preservar a união. Já que estamos falando de uma Fronteira amiga, também devemos falar de “amigos da feira”, ou seja, pessoas que possam colaborar e dispor recursos para que a cada ano este evento possa amadurecer e ao mesmo tempo inovar. Peço que sempre existam pessoas que se dediquem à feira, que contribuam com recursos financeiros que são indispensáveis para um evento deste porte.

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