Vários focos

Foco. São no mínimo 13 as definições que o dicionarista Aurélio estabelece para a palavra. Ligadas à óptica, à energia, à medicina, à higiene, à eletrônica, enfim…
Bom, mas a palavra se propagou graças às experiências de gestão de pessoas, novas atitudes de administração. Foco se transformou em rumo certo, em definição clara de propósito, entre outros pontos. Há um bom tempo – no mínimo cinco anos – a palavra vem sendo propagada e está nas bocas (nenhuma alusão ao futebol, mesmo!) literalmente. Foco, enquanto propósito, enquanto norte diferenciado para a concretização de objetivos é um conceito. Óbvio que as interpretações podem ser das mais variadas, conforme o nível de cada pessoa e seu conhecimento, mas o fato é que o foco, nesse caso, não provém dos holofotes, sob os quais desejam estar muitos santanenses que, por vezes por características naturais; por vezes adquiridas, não empreendem o aprendizado dos caminhos que precisam ser trilhados. Abrem mão deles em favor justamente dos halos de luminosidade que propagam seus raios sobre a teoria e, infelizmente, sobre a prática.
Ao longo da primeira semana deste outubro, o eleitor santanense teve a possibilidade, e terá -, até o início da próxima legislatura na Câmara-, de observar, ler, analisar e deduzir, formando suas próprias conclusões, a respeito do que, convencionou-se chamar de política com reflexão. Uma forma de realinhar os pensamentos e buscar o foco, o direcionamento para o futuro. Dia a dia, a constância de realidades que são constatáveis, negadas, na grande maioria das vezes; estão mais reais e próximas de cada um.
É o momento de, sob à luz das verdades que precisam ser estabelecidas, abordar as deficiências que os holofotes provocam na concretização de aspirações, sonhos, desenvolvimento e progresso. Detalhe: mais do que urge, se foca como fundamental eliminar do processo de construção de uma cidade diferente (inclusive diferente da do Hino) econômica, financeira e socialmente, os que preferem os holofotes tão somente, olvidando o restante; os que optam pelo glamour que a luminosidade proporciona, sem perceber sua efemeridade. É tempo de foco, determinação do foco coletivo de Sant’Ana. Ou dos focos, melhor! Priorizando-os. Escalonando-os. E, fundamentalmente, tirando-os do campo da teoria e da ideia (brilhante ou não), projetando-os como práticas, ações, gerando retorno. E, talvez, daí, das trevas faça-se a luz. Sem holofotes.
Imagine. A cada momento em que se pensa nesse assunto, mais cresce a indignação com uma até então recorrente prática em Livramento: a da vaidade. Não fosse pelo senso de responsabilidade social que cresce na comunidade santanense, não haveria uma perspectiva em que todos os vereadores eleitos para 2013 afirmam que independente do governo que ocupe o paço, seu foco é Livramento
Uma cidade em que um hospital quase fechou, fechou por um bom tempo, até finalmente reabrir suas portas. Um município que tem mais de 60% de seu PIB derivado do comércio! É, no mínimo, exigível que assim seja, o PS, partido de Sant’Ana, deve ser prioridade na escolha de filiação de todos os que detêm cargos públicos, deixando de lado picuinhas, os partidarismos, os individualismos e os comentários e críticas com objetivos parcos.
Novos enfoques e novos pensamentos, como vêm fazendo constar alguns segmentos da comunidade santanense. Não é preciso ter uma imaginação muito fértil para se detectar as transformações que sutilmente começam a fazer parte do contexto. E elas não estão ligadas somente, mas principalmente a política ou aos políticos.

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