O melhor presente que se pode dar a uma criança

Uma vez eu e o Arlindo Coitinho íamos de ônibus, sentados atrás de duas senhoras e um menino. De repente a criança começou a chorar e nos intervalos do choro a gritar estridentemente. E assim foi, com pequenos intervalos, durante toda a viagem. Isto aborreceu os passageiros. Ao descermos do ônibus, atordoados , o Arlindo me disse : “Tche, eu gosto de crianças e animais, mas estou convencido de que o pior filhote é o de ser humano”.
Outra vez, assistindo a um programa do Jô Soares, onde entrevistava uma pedagoga, ele dizia que considerava uma chatice uma criança falar ou fazer pose como se fosse um adulto. Então ela perguntou se ele gostava de crianças.
“Depende. Criança é como piada. Tem hora.”
Pois eu concordo com o Arlindo e com o Jô. É preciso saber lidar com crianças, desde pequenas, evitando mimos e baldas. Uma criança mimada e cheia de baldas acaba se transformando numa criaturinha voluntariosa e insuportável.
Num consultório médico, enquanto a mãe conversava com uma amiga, um menino mexia em tudo que estava ao seu alcance na sala de espera. Primeiro derrubou um vaso com areia e flores artificiais e o vaso por sorte não se quebrou. Depois puxou um guardanapo derrubando no chão uma pilha de revistas. As pessoas, em silêncio, olhavam para a mãe e esta, tranqüila, sorria para o seu filhinho, que rasgava algumas revistas, como se estivesse aprovando tudo o que fazia, não se dando ao trabalho de levantar o vaso caído e as revistas espalhadas pelo chão, tendo a secretária, duas vezes, que sair do seu lugar e vir colocar tudo em ordem. Até que o menino subiu numa cadeira, se dependurou numa corrente da cortina da janela e a corrente rebentou, caindo e batendo o menino com a cabeça no chão.
Em conseqüência, houve uma discussão entre a secretária e a mãe que, irritada, desistiu da consulta e saiu porta a fora arrastando o menino pela mão.
Isso é lamentável.
Todos sabemos que numa casa, numa sala, ou seja onde for, não se deve deixar nenhum objeto (chaveiros, canetas, tesouras, alfinetes, agulhas, relógios, jóias, copos, talheres, palitos, porcelanas, telefones fixos ou celulares, vasos de flores, enfeites de mesa, etc.) ao alcance de crianças em idade de mexerem nessas coisas. Com referência a celulares, é bom lembrar que crianças até 5 anos de idade não devem pegar nem se aproximar destes aparelhos , pois eles emitem uma radiação que lhes pode queimar a retina.
O pai, a mãe, os tios e avós não devem permitir ou aprovar que as crianças façam o que querem. Se permitirem, acabam perdendo o controle, o respeito e a autoridade sobre seus filhos, sobrinhos e netos, deixando que se transformem, pela total liberdade, em pequenos malfeitores que podem ser levados, mais tarde, à rebeldia, à delinqüência juvenil, aos vícios e às drogas. Não devemos esquecer que o melhor presente que se pode dar a uma criança é a educação, do latim ‘educare’ e ‘educere’, a arte de orientar e conduzir, pelo bom caminho.
Luciano Machado

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