Atitude de moral

Os eleitores pareciam já terem perdido a crença de que, ao votar em algum político, estejam cumprindo o fiel papel da democracia e colocando no posto público a representatividade da sociedade ou o gestor dos recursos que são de todos. Livramento, ao renovar significativamente a Câmara de Vereadores e ao preferir o alinhamento com Estado e União, parece dar sinais de que mais do que desejar mudança, decidiu ser partícipe do processo que termina em mudança.
É uma leitura da situação, pelo menos. Em relação aos fatos políticos do passado, já se sabe muito, mas vale salientar que ainda há muita coisa em baixo do tapete, e somente a ação correta e firme de alguns cidadãos brasileiros, seja jornalistas, magistrados do STF e alguns agentes públicos, é que tem salvado a pátria brasileira de maiores descalabros.
O peso da relação que faz a cabeça do eleitor-cidadão acusa uma situação diferenciada, pois todo dia a imprensa está recheada por corrupções, crimes contra a economia pública e completo descompromisso daqueles que lutam pelo poder com um discurso falso nos lábios e um projeto sórdido no coração.
Os fatos vêm sendo levantados publicamente pela imprensa comprometida com a verdade, porém os parlamentares desacreditando na capacidade de indignação do povo brasileiro justificam publicamente que algumas práticas são normais. Há, ainda, muita mentira onde deveria haver moral e verdade. Há muito discurso, pouca prática onde deveria haver ação concreta para melhorar a vida do cidadão. Há personalismo e preocupação essencialmente com o pessoal, em detrimento do público. Isto é falta de caráter, que somente funciona em meio ao analfabetismo escolar e político do Brasil.
No cotidiano também não fazem diferentes. Corruptos, pequenos ou grandes arrancam das mãos de crianças famintas, de doentes terminais, de trabalhadores desempregados e de artistas sonhadores com suas possibilidades de realizações os recursos que se queimam no fogo ardente das vaidades, das paixões pessoais e dos arranjos interesseiros completamente distanciados da função municipal.
Quantos banquetes estão sendo realizados por noitadas despudoradas com o dinheiro que sai dos cofres da municipalidade e são comprovados com gastos completamente diferenciados do real acontecimento? Este País está contaminado e comprometido com a febre da corrupção e, portanto, a atitude do cidadão perante a necessidade de mudanças é determinante.
A farra dos maus políticos precisa acabar. E o cidadão tem a missão moral de acabar com ela. Afinal de contas, é justamente em função dessa realidade que as verbas repassadas, por exemplo, para a saúde, chegam pela metade a seus locais de destino.
A moral precisa ser retomada, como retomadas também precisam ser as verdadeiras ações políticas, pautadas pela honestidade e trabalho, cujos resultados sejam sentidos pela coletividade.
É isso que o “povão” espera.
Essa é a grande mudança que a cidadania almeja.
Agora ficou comprovado que para mudar é fundamental ter atitude e a população começou a perceber que seu papel nessa retomada, mais do que fundamental, é o mais importante de todos.

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