A CLASSE MÉDIA DO MERCOSUL

Argentina e Brasil, países líderes do Mercosul, acabam de criar uma nova classe média e não foi difícil tirar milhões de pessoas da pobreza e situá-las numa condição de vida bem mais favorável. Os governos brasileiro e argentino sequer abriram os cofres de seus bancos estatais e distribuíram dinheiro para os pobres deixarem de ser pobres. Muito menos promoveram um desenvolvimento econômico rápido e eficiente acabando com a pobreza.

O poder, além de afrodisíaco para alguns presidentes e ditadores, faz magias e manipula dados econômicos como um mágico no palco. No Brasil, 53% da população fazem parte da classe média, o que significa um total de 104 milhões de brasileiros. Os dados são de uma pesquisa divulgada oficialmente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo. Pronto! Eis um dado estatístico oficial: nos últimos dez anos 35 milhões de brasileiros teriam sido incluídos na classe média.

A facilidade com que se reduziu a miséria brasileira foi tão fantástica que a Argentina aproveitou o cavalo brasileiro que passou encilhado do noticiário oficial e o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) do governo Kirchner acaba de decretar uma nova classe média argentina.

Se um argentino ganha 13 pesos por dia (R$5,20) “deixa de ser considerado pobre”. Segundo o Indec, com 13 pesos diários uma pessoa pode comer, se vestir, viajar, pagar aluguel, gastos domésticos, de saúde, e de educação, além de fazer alguma atividade de lazer.

Para uma família de quatro pessoas deixar de ser pobre basta ter uma renda mensal de 1.555 pesos (R$ 622,00), ou 52 pesos diários, somados os quatro familiares, ou, ainda, 13 pesos per capita. Os dados do Indec são rigorosamente mágicos: para o instituto argentino, as quatro pessoas da família-padrão classe média podem se alimentar (quatro refeições – café da manhã, almoço, lanche á tarde e jantar) com 24 pesos (R$ 9,60) por dia.

Como deu muita polêmica a divulgação da nova classe média argentina conforme a renda fixada pelo Indec, a diretora Ana Edwin apressou-se em dizer que eram apenas dados teóricos e com pouco valor para verificar como vive a população. Mas a verdade é outra. Os dados fictícios do Indec servem para Cristina Kirchner fixar os valores de seus programas sociais que imitam o Bolsa Família. Esse é o Mercosul virtual.

PASÁRGADA
Diante dos valores que classificam a nova classe média argentina, os brasileiros que ganham R$ 2 mil mensais já estão se sentindo os novos milionários do Mercosul. Parafraseando Manoel Bandeira, “vou-me embora pra Argentina Lá sou amigo da rainha. Lá tenho a mulher que eu quero. Na cama que escolherei. Vou-me embora pra Argentina”.

VIOLÊNCIA
A Argentina tem uma Lei dos Meios para controlar a imprensa livre do país. Ela já limitou a produção e a importação de papel-jornal e agora fixou para o dia 7 de dezembro o prazo final para o Grupo Clarin (o maior do país) se desfazer de sua rede de tevê a cabo e emissoras de rádio.

A REDE CLARIN
O grupo de comunicação Clarin nega ter qualquer monopólio de comunicação e para mostrar o equívoco do governo mostra que 80% das emissoras de rádio e televisão respondem direta ou indiretamente ao governo de Cristina Kirchner.

ELEIÇÃO EM RECIFE
Assim como em São Paulo, a eleição para a prefeitura de Recife poderá mostrar mais uma derrota pessoal de Lula, empenhado com a candidatura do senador petista Humberto Costa, depois de o ex-presidente ter determinado que o atual prefeito do PT, João da Costa, não poderia concorrer à reeleição.

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