Presidente em exercício da Acil espera sanção e a regulamentação do projeto

Antonio Alberto Righi afirma que processo de regulamentação deverá ser iniciado dentro em breve, após a sanção da presidenta Dilma Rousseff

Durante participação no programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM, na sexta-feira, o presidente em exercício da Associação Comercial e Industrial de Livramento (Acil), Antonio Alberto Righi, reforçou a boa expectativa do empresariado em torno da implantação do sistema de free shops brasileiros nos 28 municípios do País, sendo um dos 10 gaúchos o de Livramento.

Righi destaca que o projeto estava em fase de encaminhamento para a sanção da presidenta Dilma Rousseff. “Pelo que fomos informados, ela deverá sancionar sem vetos e já terá início, após publicação a regulamentação, que será feita pela Receita Federal” – disse ele. Esse projeto do deputado Marco Maia, segundo Righi, satisfaz uma deficiência que existe em todas as fronteiras. “Como disse a senadora Ana Amelia, o Brasil virou as costas para as fronteiras e vê as mesmas somente como portas de entradas de armas e de drogas. Só que há nessas fronteiras um povo, residente, trabalhador, que enfrenta dificuldades, sofre as consequências porque não há equilíbrio comercial entre um e outro lado” – pondera o empresário santanense.

“Esperamos que o projeto seja sancionado sem nenhum veto e que, após isso, a Receita Federal também possa regulamentar de forma exequível que possa ser praticado observando as características de cada cidade, a fim de que para cá venham investidores os quais tenham possibilidade de gerar resultados” – acrescenta Righi. De acordo com o presidente em exercício da Acil, que há décadas atua na área supermercadista, em relação aos anos 50, 60 e 70, houve uma inversão, pois a Fronteira deixou de ser atrativa e foi transformada em um território desigual, em função das questões econômicas. “É preciso corrigir esse abandono, e o projeto das lojas francas, como um primeiro e importante elemento, vai trazer mais igualdade, desenvolvimento e progresso para as pessoas, aproveitamento de mão de obra qualificada e, além de tudo, equilibrar a situação de desigualdade que vivemos hoje em relação ao comércio uruguaio” – esclarece Antônio Righi.

Em relação ao poder aquisitivo das pessoas da cidade, que é considerado muito baixo, ele crê que as lojas francas serão o começo para auxiliar na correção dessa realidade.

“Para que elevemos o poder aquisitivo é preciso gerar empregos. E isso deve ocorrer em escala crescente, além de incentivos estaduais ou federais para que indústrias possam se instalar aqui. Que seja possível mudarmos a realidade vivenciada hoje, pois perdemos importância em arrecadação e em população, que saiu daqui para trabalhar. Ficamos só com o comércio, que não é o que paga melhor hoje a seus funcionários, pela realidade que vive. Com as lojas francas, acreditamos que é possível atrair investimentos também de indústrias, para que possamos desenvolver de forma positiva todo esse contexto, especialmente usando como base industrial o agronegócio” – concluiu.

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