Um problema a resolver

Junto com a vaidade, o egoísmo é, sem dúvidas, o mais perigoso, o mais aterrador e réles dos pecados. É por intermédio desse sentimento intrínseco que as coisas deixam de acontecer. O que é qualificado como gosto ou amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios, ou ainda o exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio (normalmente aliado ao egocentrismo, constitui um dos entraves mais absurdos e, ao mesmo tempo, ferrenhos, que obstaculizam o desenvolvimento, o crescimento, o progresso e a transformação de uma nova realidade. Associado ao individualismo extremo e ao egocentrismo de plantão, o egoísmo é complementado pela vaidade dos que acreditam que sabem absolutamente tudo sobre tudo; legítimas enciclopédias ambulantes, que, na prática, não servem sequer como peso de papel… O egoísta, dotado de um orgulho, de presunção, arrogância extrema e sentindo-se superior aos demais, age com desdém perante os outros; desestimula, maquiavelicamente, iniciativas positivas; mas, como a ideia não foi dele, a ideia não serve. O egoísmo, hoje defeito de caráter gravíssimo e constatável em Livramento, a exemplo de muitos outros pagos, também é, inegavelmente, uma Doutrina, que considera como princípio explicativo dos preceitos morais, e como princípio diretor da conduta humana moral, o interesse individual.
Para o egoísta, o eu está acima do nós, sempre e não haverá mudança nisso, sob qualquer hipótese.
Este pecado santanense – vale frisar – junto com a vaidade, é a essência da falta de transformação, da lamúria e do negativismo. Se traduz como uma realidade aplicada e infeliz, que dita os rumos que deveriam acentuar caminhadas em comum. Para o egoísta, andar com outrem e servir são feitos completamente fora de qualquer de seus preceitos. Servir-se, primeiro e, para fazer figuração, usando o engodo, dizer que está interessado no coletivo perfazem seu perfil principal. Agir de uma forma e fingir agir de outra é a característica central do egoista, que, por exemplo, fala em equipe enquanto busca agir sozinho; prega o novo, enquanto jamais permitiria que o lugar comum, o antigo, o arcaico deixasse de ser o status; do contrário só quem tem a perder é ele. Quando o egoísmo se transforma no cerne de grupos sociais, como ocorre em Sant’Ana, é difícil reverter o quadro; sobretudo quando está aliado à vaidade. Porém, é essencial minar, com uma resistência tremenda, essa situação, forjando uma redenção e o fim desse mal.
Em um período como o atual, em que uma campanha política está acontecendo, as pessoas estão mais sensíveis a ideias e avaliações, assim como também sobressai ainda mais o grau de soberba de alguns, fica evidente que é preciso ponderar sobre os diferenciais, haja vista que são justamente eles que podem fazer com que se tornem realidade prática, palpável e específica, toda a série de necessidades que hoje não passam de desejos irrealizáveis para a cidadania, seja no que tange a sáude, emprego, trabalho, melhoria de vida, entre uma série de outros elementos.
É preciso raciocinar com a racionalidade de quem entende que não podem ser sempre, a cada quatro anos, os mesmos objetos dos discursos dos candidatos. É impossível conceber que a cada lapso de tempo, sem resolver nada, somente com enrolação e discurso, venham os mesmos falando sobre os mesmos assuntos, prometendo soluções para os mesmos problemas, sem que ninguém diga nada.

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