Diretor-geral adjunto da Secretaria de Educação diz que obra ocupará apenas 1,2 hectare

José Tadeu de Almeida disse que os técnicos do governo virão a Livramento para verificar com exatidão a área que pertence ao Estado e a que é de propriedade privada

Obra está orçada em R$ 12 milhões de reais e terá a capacidade para abrigar 1.200 alunos

Anúncio feito, escola confirmada, investimento de R$ 12 milhões, discurso do secretário de Educação e a confirmação definitiva da instalação de uma nova escola técnica estadual em Sant’Ana do Livramento. Para o diretor-geral adjunto da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, José Tadeu de Almeida, a repercussão do anúncio passa agora pela revisão da área informada, para que possam ser dirimidas todas as dúvidas sobre a exata localização do terreno pertencente ao Estado. “Em princípio, obtivemos a informação a partir de um banco de dados da Secretaria de Administração. A área que devemos ocupar para construir a escola é no bairro Armour, ou seja, na área destinada, apontada pelo secretário. A partir das informações que foram colocadas, de que haveria um outro proprietário, ainda assim é uma parte de 34 hectares em uma área de cinco milhões de metros quadrados. O que estamos averiguando, no momento, é se de fato existe esse registro de imóveis no nome de um proprietário privado. Depois, a definição de que parte do terreno e em que parte é a dita propriedade, ou seja, o terreno é muito grande. Pelo que temos informação, o terreno é do Estado. Se há alguma controvérsia, em princípio não há prejuízo, porque a escola vai ser construída naquela região. Caso a informação seja defasada, outras possibilidades se apresentam, mas a afirmação do secretário de que haverá uma Escola Técnica que irá ocupar um terreno de 1,2 hectare, para 1200 matrículas, de alto padrão, mantém-se”, afirmou o diretor.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de adquirir uma área, caso haja necessidade, José Tadeu disse que, se for necessário, será feito. “Estamos averiguando, agora, em que parte se localizam esses 34 hectares que têm dono. Em se confirmando, temos que ver se isso trará prejuízo para o projeto como um todo. Nós necessitamos de 1,2 hectare, porque esta é a exigência do Ministério da Educação, portanto, acho que abriu uma celeuma desnecessária porque o terreno todo não é do proprietário, que alega ser, uma vez que pelo que chegou a nós, a ele pertencem apenas 34 hectares. Assim, eu acho que dá para chegar um bom termo, sem a necessidade de aquisição”, frisou José Tadeu.

Diretor da CorbrealSul diz que secretário de Educação se “equivocou” ao apontar área para construção de escola

Ricardo Biesdorf diz que o anúncio feito pelo secretário José Clóvis, sobre a utilização do complexo do frigorífico do Armour, é um erro e precisa ser reparado

Ricardo Biesdorf, proprietário da Cobreal Sul, diz que o secretário de Educação do RS se equivocou ao apontar o complexo como área pertencente ao Estado

Para o diretor da empresa CobrealSul, proprietária do complexo que abrigou o frigorífico Swfit Armour, o secretário de Educação do Rio Grande do Sul se equivocou ao fazer o anúncio e apontar o local como sendo de propriedade do Estado. Ricardo Biesdorf falou ontem à tarde, por telefone, com a redação do jornal A Plateia, e manifestou a sua indignação com relação ao anúncio feito pelo representante do Governo gaúcho durante a solenidade de entrega dos 700 netbooks do projeto Província de São Pedro, na escola General Neto, centro de Sant’Ana do Livramento. Para Biesdorf, o equívoco do anúncio feito pelo secretário provocou desconforto justamente no momento em que a empresa se prepara para apresentar uma série de documentos que deverão viabilizar o investimento em projeto que está destinado para a geração de emprego em Livramento. “Aquela área do complexo tem dono, há um projeto para o local, que vai gerar renda para as pessoas. Não temos apoio do Estado. Em momento algum obtivemos apoio do Estado nesse projeto e isso eu quero que fique claro. Estamos fazendo o projeto com recursos próprios e estamos buscando financiamento junto ao Bndes”, frisou Biesdorf. 

Pronunciamento 

“Nesse momento, eu acredito que o pronunciamento do Secretário de Educação do Rio Grande do Sul foi político e eleitoreiro, e gostaria que isso constasse no jornal. Eu penso que o jornal deve ser imparcial, e esta é uma posição imparcial e que pode redimir o que foi feito. Nós não estamos nos envolvendo politicamente, e eu nem gostaria de falar muito deste nosso projeto neste momento, que é justamente para que ninguém venha tirar proveito político. São muitas etapas para que possamos conseguir ter sucesso e, nesse momento, eu não quero detalhar o projeto. Estamos trabalhando muito em cima disso, e não queremos que nada atrapalhe os nossos planos. Eu até gostaria muito que o Estado pudesse usar 500 hectares para a educação, mas isso não é verdade. Foi um equívoco do Estado a informação veiculada no Jornal A Plateia. Repito: foi um grande equívoco”, desabafou Ricardo Biesdorf. 

Por Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

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