Demonstração de xadrez Paralímpico foi atração

Inspirado que estava pelo espetacular desempenho da equipe brasileira paralímpica em Londres – o enxadrista Tiago Pereira Braz propôs que se realizasse uma atividade diferente, e não os tradicionais torneios noturnos de xadrez relâmpago do Bobby Fischer Xadrez Clube. Ele se ofereceu a jogar não uma, mas diversas partidas “às cegas”, com quantos forem possíveis. O que de imediato foi aceito. Seria, segundo seus desafiantes – uma maneira de, mesmo que de forma diferente, derrotar o “Menino Prodígio” – uma vez que de outra maneira esta seria uma tarefa inimaginável.

Cabem aqui alguns esclarecimentos. Xadrez, nesta modalidade, normalmente, não envolve o uso do relógio que normatiza o ritmo das partidas, e os lances são efetuados por comando de voz, sendo que apenas um dos jogadores tem o direito de mover as peças no tabuleiro. Neste caso, o enxadrista que enxerga. Seu oponente apenas conserva todos os movimentos em sua memória de longa duração e efetua os lances no interior de seu tabuleiro, no cérebro. Ele informa o movimento que mentalmente efetuou – por exemplo ‘T(a) para b8’. Traduzindo: ele quis dizer que sua Torre que estava na casa (a) se deslocou para a casa b8.

Ao fim, depois do inevitável “XEQUE-MATE”, que deixou todos literalmente boquiabertos e atônitos pela demonstração, Tiago ainda organizou todas as peças em suas devidas casas e executou novamente, agora enxergando – todos os movimentos e argumentando o porquê deste ou daquele lance e o que previra que seu adversário eventualmente respondesse.

Confira, neste link, como foi a partida com as análises: http://www.youtube.com/watch?v=9UlxMOB-J_4&feature=youtu.be

 

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