Escola Cyrino Luis de Azevedo “adotou” banda marcial
Banda marcial da escola pertencia ao Centro Comunitário da Cohab, desativado em 2002
A banda da escola Cyrino Luis de Azevedo teve origem na banda do Centro Comunitário da Cohab do Armour. Depois da desativação do Centro – que agora dará lugar à nova sede da Assandef – a banda foi “adotada” pela escola. Isso ocorreu no ano de 2002, segundo conta a coordenadora da banda, Blanca de Freitas. Ela destaca que apesar de não ter nenhuma ligação com a escola – pois não é funcionária da instituição – tomou para si a tarefa de manter a banda ativa para que os pequenos alunos tivessem a oportunidade de participar das atividades do grupo. Empregada doméstica, Blanca destacou que os ensaios ocorrem dentro da normalidade e todos os alunos estão afinados e prontos para o desfile. “Temos uma banda com 49 componentes, que batalha a cada ano para se manter viva. São pessoas da comunidade escolar que não têm, muitas vezes, condições de bancar sequer seu uniforme para o desfile, mas o envolvimento das mães destes alunos nos faz querer lutar a cada ano para adquirir as coisas. Este ano mesmo, contamos com a colaboração da direção da escola, através do professor Hélio Zibetti, que
comprou couro para alguns instrumentos. Tínhamos apenas um surdo em condições de uso e agora, com essa colaboração da escola, temos quatro. Isso é um prêmio para os alunos, que estavam participando dos ensaios mesmo sem saber se teriam os instrumentos a tempo para o desfile”, destaca.A facilidade em lidar com crianças fez com que ela encontrasse tempo, mesmo depois de um dia de trabalho, para participar dos ensaios e apresentações que ocorrem durante todo ano. Ela acrescenta que em breve serão realizadas novas atividades beneficentes, a fim de arrecadar donativos para as crianças da comunidade e entregar no Dia das Crianças. Os ensaios são realizados diariamente, nestes dias que antecedem o desfile de 7 de Setembro, no ginásio da escola, sempre acompanhado por um significativo número de pais de estudantes da escola. “É uma situação que, financeiramente, está se tornando cada dia mais difícil, e entendemos que a colaboração da comunidade é muito importante, mas merecíamos mais incentivo por parte de quem tem responsabilidade com a educação e a cultura”, finaliza.
Por Leonardo Silveira
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