Os titãs voltam a se encontrar na sala vip cônsul argentino Alfredo Sanchez

Ele era o centro das atenções. Isso muito antes, até mesmo, de chegar à sala vip cônsul Alfredo Sanchez do Bobby Fischer Xadrez Clube. Bastou circular a notícia que o principal nome do xadrez na Fronteira, e atual líder disparado do ranking, iria participar de uma etapa dos tradicionais torneios-relâmpago, que a correria foi geral em busca de vaga. E não foram somente os jogadores que tietaram Pablo Lara, mas compareceram dois avôs com seus netos e um pai com duas filhas.

O palco estava perfeito. Bem iluminado. Mesas organizadas de um até a oito. Relógios e peças oficiais em cada uma delas. Seria impossível resistir à tentação de jogar.

Devido a todo este assédio, Pablo acabou se atrasando. Quando conseguiu finalmente se livrar dos fãs e admiradores, subiu até o clube, a rodada já havia iniciado. O ritmo é 10 minutos por contendor. Indiferente aos problemas extra-competição, seu oponente, que jogava de brancas, cumpriu a regra – como estava no comando das peças brancas, fez o lance, acionou o relógio e pacientemente aguardou. Pablo tinha 10 minutos para sentar e jogar. Jogo rápido sempre foi sua deficiência, porém isso não significa que ele não saiba – muito pelo contrário, quando precisa ele joga. Assim procedeu. Realizou jogadas de mestre. Sempre forçadas. Nunca deixou seu adversário sequer pensar em reagir. Incisivo e fulminante, deu xeque-mate em poucos minutos que lhe restavam. Pablo é um enxadrista diferenciado. Provocou espanto e suscitou aplausos.

Desta forma – como um atirador de elite treinado à espreita, Pablo foi derrubando quem cruzasse o seu caminho. Sem dó ou piedade.

Na próxima quinta-feira, dia 6, haverá novo encontro, e aí saberemos se Pablo protegeu seu ponto vulnerável ou se Tiago confirmará sua sagacidade de vitórias. Nesta noite de gala do xadrez na Fronteira, participaram Pablo Lara (2187), Diego Pelaez (2109), Tiago Braz (2102), Roberto Castillo (2063), Oscar Rodrigues (2003), Matheus de Lima Gutierrez (1770), Luiz Maia (1597), Evaldo Saymom (1574), Bernardo Zannier (1500) e Lennon Rosa (1353).

 

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