Mainardi

Primeiras impressões

Estamos completando, nesta quarta-feira, o quinto dia da 35ª Expointer. Ainda é cedo para falar em números, mas todos os indicativos que recebemos nos fazem crer ser possível superar os resultados obtidos no ano passado. Para isso, muito contribuem dois fatores: a alta dos preços de nossos produtos no mercado internacional e as previsões de que, neste ano agrícola, não teremos estiagem como a verificada no ano passado, que impôs perdas significativas à economia gaúcha. Os meteorologistas prevêem uma primavera chuvosa.

Irrigação

Se ainda não é seguro abordar os resultados com a comercialização, podemos afirmar, com toda a certeza, do sucesso de algumas iniciativas. Uma destas é a da quadra da irrigação e do seminário da irrigação que a Secretaria Estadual da Agricultura promoveu, dentro do conceito da sustentabilidade aliada ao fortalecimento da economia gaúcha, marcas desta Expointer. Fora os negócios concretizados – e outros que ainda vão se consolidar – estamos convencidos de que demos um passo muito grande na transformação de conceitos existentes contra a irrigação. Estabelecemos, assim como outros órgãos de governo e entidades presentes no Parque Assis Brasil, um diálogo produtivo com agricultores e pecuaristas, mostrando que investimentos em irrigação se pagam rapidamente e que não é mais possível se produzir no Rio Grande, com garantias mínimas, sem irrigação.

Pampa

Formalizamos, em nome do Governo do Estado, o compromisso com o projeto de cooperação técnica entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Alianza del Pastizal, organização que reúne governos e entidades da sociedade civil da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. O projeto tem o objetivo de conservar os campos nativos do Bioma Pampa através do uso sustentável. O Bioma Pampa é composto por uma área de aproximadamente cem milhões de hectares distribuídos entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai que possuem, respectivamente, 58%, 18%, 4% e 20%. Defendemos que a criação pecuária, com pastoreio no campo nativo, nos dá condições diferenciadas na produção de carne de qualidade, o que agrega valor expressivo, especialmente junto ao mercado internacional.

Nosso sonho

Começamos a transformar em realidade um sonho que alimentamos desde quando tomamos posse na Secretaria da Agricultura. O governador Tarso Genro, ao anunciar o projeto do novo Parque Assis Brasil, no último domingo, deu início à concretização desta obra que, com certeza, será uma das mais importantes de seu governo para o setor primário gaúcho. Iniciamos, agora a segunda fase, que passa pela definição do modelo de gestão que adotaremos e que, a princípio, deve ser a proposta de criação de uma empresa pública. Paralelamente, tão logos esteja concluída a Expointer, começamos os investimentos na melhoria da infra-estrutura e ampliação dos espaços existentes. Estamos prontos para começar a drenagem das pistas central, vamos licitar a ampliação do pavilhão da agricultura familiar e elaborar projetos executivos de outras obras. Já dispomos de R$ 25 milhões para dar o pontapé inicial nesta remodelagem, recursos da Secretaria da Agricultura, do Ministério da Agricultura e contratados junto ao BNDES. Vamos transformar, com a união de entidades de classe, grupos privados e o próprio governo, o velho Assis Brasil no maior centro de eventos e negócios das cadeias produtivas do setor primário na América Latina.

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