Cuida o que dizes!

Um dos primeiros elementos em que se precisa pensar, quando se toma uma decisão de participar de um processo, seja qual for, é o de conhecer, buscando todas as informações possíveis a respeito desse novo universo, especialmente quando se trata de transições, alterações, ajustes, modificações. Com o processo eleitoral não é diferente, especialmente no que tange, sobretudo, ao desempenho de funções.

Se, por um lado há farta possibilidade de informação por outro, parece haver um grupo significativo de partícipes do processo que não a perseguem, demonstrando muito desconhecimento. Um caso típico diz respeito, especialmente, às atribuições da função de vereador. Aqui, mesmo, em Livramento, é perceptível, pelos discursos, manifestações e conjunto de proposições que são apresentadas por alguns dos concorrentes ao pleito, que há desconhecimento das funções legislativas, em seus conceitos básicos e elementares.

É preciso ter muito cuidado nesse sentido e a cidadania deve exercer sempre papel informativo, de esclarecimento, o mesmo valendo para as instituições constituídas, inclusive as partidárias. O fluxo de informações parece interromper-se entre um e outro ponto do processo, o que remete, inclusive, que o próprio eleitor também fique alijado desse conhecimento que é público.

Há propostas que são apresentadas no Horário Eleitoral Gratuito que não condizem com as funções legislativas, constituindo, infelizmente, mero discurso que busca gerar ao eleitor aquilo que ele deseja ouvir e passar a acreditar como verdade, oferecendo, em troca, a confiança de seu voto em 7 de outubro.

Perceba-se que vereador não “manda” calçar ruas, nem ligar lâmpadas ou mesmo fazer rede de bueiros ou saneamento; não é função de vereador conseguir telhas, zinco, cargas de aterro para nivelar terrenos. Tampouco o é pagar uma “conta da luz”, oferecer uma cesta básica, promover eventos quaisquer que sejam. Menos, ainda, “resolver o problema” da saúde, ou qualquer outro que seja.

E, infelizmente, percebe-se que na significativa maioria dos casos, por desconhecimento, há aqueles que estruturam suas plataformas eleitorais em torno das soluções para as mazelas sociais. Daí gerou-se, é bem provável, o dito popular: “em tempo de eleições, resolvem tudo”.

Não deve ser assim, afinal de contas, a informação está disponível, gratuitamente na maioria das vezes. Cumpre aos cidadãos buscar apropriarem-se delas, pois, é o maior patrimônio, que jamais pode ser tomado de quem quer que seja.

Diante disso, fica evidenciada a real necessidade de saber quem pode fazer o que e também, de forma clara e transparente, cada agente político deverá reciclar suas abordagens, não se permitindo faltar com a verdade para com seus eleitores, pois como diziam os antigos “a mentira tem perna curta”. Diante dessa constatação, é preciso que, a fim de transformar a política da forma como o cidadão entende que deveria ser, com lisura e praticidade, sem transformações mirabolantes constantes apenas no discurso do papel que aceita tudo, os conceitos sejam reciclados.

A política precisa ser oxigenada e é possível perceber que isso realmente está acontecendo, em menor ou maior escala, mas ocorre. Do contrário a renovação tão desejada de conceitos seria um futuro distante.

É fundamental perceber que hoje as pessoas querem falar sobre política também, discutir idéias e apresentar argumentos, posicionar suas condições e emitir suas opiniões. Em regra final, isso, indiscutivelmente é fazer política, mesmo que não partidária, mas efetivamente a arte da política, como deveria ser sempre, sem quaisquer ilícitos de qualquer ordem.

É bom refletir.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.