“Giro Livre” é dispensado de apresentação no Palácio Piratini por falta de transporte acessível

Alegação do governo é que grupo não poderia viajar em ônibus intermunicipal que não possuísse acesso universal e também acomodações específicas para cadeirantes 

Grupo teve suas expectativas frustradas

Uma viagem até a cidade de Alegrete para uma apresentação, e posteriormente um convite do Governo do Estado para participar de uma apresentação no Palácio Piratini. A emoção do grupo de dançarinos do Giro Livre em poder se apresentar na sede do governo estadual, deu lugar à frustração nesta semana.

Há dois dias da apresentação, o grupo foi comunicado pela assessoria do governo que não participaria da apresentação, pois o governo – que custearia toda a despesa – não encontrou um veículo de transporte coletivo que tivesse condições de conduzir adequadamente o grupo até Porto Alegre. Os veículos não foram encontrados nem em empresas de turismo, nem mesmo nas empresas que fazem as linhas regulares dentro do Rio Grande do Sul. 

Tristeza geral 

Para a professora Nereida Lampert, que coordena o grupo, a notícia de que em todo o Estado não existe um ônibus correto soou como surreal. “Não temos micro, nem van, e o selo de cadeirantes está presente na maioria dos veículos de transporte, principalmente intermunicipais. Como viajo seguido, sempre vejo em ônibus da Ouro e Prata e também da Planalto o selo de veículos com acesso para deficientes e questiono os motoristas: ‘Esse ônibus tem acesso para cadeirantes?’, e sempre escuto a mesma resposta: ‘Não, não…’. Então, isso é uma irregularidade! Mas os motoristas também não são culpados pelos erros da empresa. A culpa é delas”, destacou Nereida. Ela afirma que o momento mais difícil foi contar para o grupo que a apresentação estava cancelada, pois todo o trabalho estava pronto. “A alegação é de que justo nas atividades da semana da pessoa com deficiência, o grupo não poderia chegar ao local em um ônibus que não tem acessibilidade”, finaliza.

LEONARDO SILVEIRA

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