Uma data para marcar
Hoje é Dia dos Pais. Data importante do calendário no aspecto emotivo e afetivo. Segundo é possível encontrar na internet, evoca-se como origem dessa data a Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. Entretanto, a institucionalização dessa data é bem mais recente. Em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Louise resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia do Pai. A partir daí, também como data comercial, houve a propagação para outros estados e, dada a similaridade com homenagens a patriarcas de grandes famílias em outras culturas, foi propagando-se a ponto de tornar-se um evento celebrável em vários países. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. Relata-se que o publicitário Sylvio Bhering propôs a primeira celebração do Dia dos Pais no Brasil para o dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família Bhering.
Depois dessas informações históricas, é preciso fazer as ponderações, pois o hábito de presentear, reconhecer e acarinhar os pais, bem como lembrar – e mesmo postumamente, através de artigos publicáveis, visita aos panteões, túmulos e sepulturas – é corrente e, por vezes encarado simplesmente como data comercial. Não foge, em verdade, a essa condição, mas é preciso recordar que intra-famílias, onde há o carinho e o amor predominando, o presente é inferior aos gestos e palavras, portanto, o melhor presente depende de cada um, do entendimento individual, pois pode ser um abraço ou um olhar.
Comercialmente, é necessário salientar, há uma série de possibilidades, pois se confere como infinita a capacidade criativa de proporcionar a convivência da data, embora valha ressaltar que o fundamental é que essa convivência ocorra no cotidiano, entre pais e filhos, não apenas em uma única data.
É perfeitamente harmonizável um e outro lado, o comercial com o emotivo-afetivo, pois todas as tentativas de purismo social já fazem parte do passado. Fundamental se faz advertir para um aspecto elementar: o resgate da família, do convívio harmonioso e pleno de entendimento e compreensão entre os integrantes dessa base social.
Pode parecer, para alguns, o místico saudosismo, entretanto para que os filhos possam ser encaminhados, sua base familiar é conceito fundamental, protagonizada pelo pai e pela mãe de forma conjunta. É oportuna a lembrança da necessidade dessa reflexão nesta data, como o é também no Dia das Mães, especialmente em uma realidade de alternativas vãs como a que está incorporada aos meios sociais contemporâneos.
Em que pareça piegas, fora de moda ou ignorável remeter ou chamar a atenção das pessoas para uma reflexão de postura, torna-se evidente que é o único pleito plausível para quem deseja ver filhos bem sucedidos e longe daquilo que é socialmente condenável, como a droga, o crime, o desvio de conduta, a falta de caráter, a corrupção, o abandono, enfim, as mazelas que são reais e próximas.
A partir da inspiração para o ajuste de atitude que uma reflexão permite quando há desejo para tanto, será perfeitamente aproveitável a incorporação de conceitos sólidos que farão com que pais sejam orgulhosos de filhos cidadãos, construindo a continuidade da espécie mediante as convicções positivas e não usando de expedientes excusos. Esse, talvez, é o melhor presente que possa ser trocado entre pais e filhos, ao passo que isso pode ocorrer em um almoço especial, na entrega do presente físico comprado no comércio ou mesmo na hora do boa noite, quando o pai beija a fronte do filho para desejar-lhe bons sonhos.
Hoje é Dia dos Pais. E perceba a relevância verdadeira desta data.
Avôs, filhos, pais, que este dia seja tão especial quanto todos os demais, com a diferença de que este domingo seja único em termos de inspiração para motivar os próximos.