Para pregar a mudança…

Incrível. Já estamos em agosto de 2012. Como passa rápido… Em plena e monótona campanha eleitoral. O mais incrível, em meio a uma disputa – marcada pela falta de recursos financeiros por alguns elementos limitadores estabelecidos pela legislação eleitoral – cuja função, entre outras, é discutir as propostas, possibilidades de alterações, mudanças transformações. Há que se constatar, entretanto, que algumas coisas não mudam na cidade, especialmente no que tange ao pensamento de algumas pessoas, alguns grupos, alguns entendimentos.

Individualismo continua sendo a palavra de ordem neste município. Aliás, vale recordar. Sant’Ana do Livramento nunca se caracterizou, ao que se saiba até hoje, pela unidade plena entre suas lideranças, pois é possível perceber, mesmo que jamais admitido, um certo individualismo em gestos, opiniões, posicionamentos.

Falam muito e fazem pouco e isso também fora do meio político tão criticado, segundo o entendimento comum. É típico. De nada adianta a pregação em torno de uma unidade de esforços em um município que definiu, muito claramente, um mínimo de seis grupos políticos!!!

Enfim, quando começa a amadurecer a ideia de que o grande xis da questão em Livramento é intangível, não tem cor, não é palpável, surge e ressurge, vai e vem, é simples e complexo ao mesmo tempo. Mistério, maldição do padre?

Há, sim, um mistério tremendo envolvendo esse segredo que talvez poucos conheçam, ou mesmo que talvez não exista. É a conclusão a que se pode chegar avaliando a simplicidade com que as pessoas de fora da cidade tratam questões que para os locais parecem coisas de outra realidade. O maior de todos os segredos, talvez, esteja justamente no pensamento. Seja no individual, seja no coletivo. Não há, por certo, maldição alguma do finado padre Cordeiro.

Nessa linha de raciocínio, talvez o principal elemento, o segredo, o tão cobiçado caminho para o desenvolvimento esteja em uma resposta simples. Pensamento. A já propalada síndrome do Pai da Criança continua persistindo, mesmo que de boa fé em algumas circunstâncias e a necessidade de projeção é outro elemento que as pessoas, mesmo que não percebendo, deixam claro nos contatos mais breves. Posicionar-se bem para a foto continua sendo mais importante do que ombrear esforços lado a lado com um semelhante para realizar conquista junto.

Não que a culpa deva recair sobre este ou aquele, pois é preciso fazer uma análise madura dos conceitos reais e dos conceitos praticados na cidade. As respostas devem ser, primeiramente, individuais, para que depois se trate do coletivo, como um conjunto de remadores, por exemplo. Independente de timoneiro, eles sabem que se não utilizarem o mesmo tempo e força, ou seja, sem a simultaneidade de esforços, despenderão mais energia e jamais conseguirão a velocidade almejada para conquistar a chegada ao outro lado.

Quem sabe não tenha chegado a hora de cada um ser o pai de uma mesma criança. A mudança individual de pensamento.

 

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